O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fez uma balanço das eleições nesta quinta-feira, 3. O ministro afirmou que quem não está aceitando o resultado das eleições, com "movimentos ilícitos e criminosos", será responsabilizado, e ressaltou que "a democracia venceu novamente no Brasil".
"Isso é democracia, isso é alternância de poder, isso é estado republicano. Não há como se contestar um resultado democraticamente divulgado, com movimentos ilícitos, com movimentos antidemocráticos, com movimentos criminosos que serão combatidos, os responsáveis, apurados e responsabilizados sob a pena da lei. (...) A democracia venceu novamente no Brasil', disse Moraes.
Segundo Moraes, "aqueles que, criminosamente, não estão aceitando o resultado. Aqueles que, criminosamente, estão praticando atos antidemocráticos serão tratados como criminosos e as responsabilidades serão apuradas”. Ele ainda acrescentou que presidente e o vice-presente eleitos serão diplomados em dezembro. "O Tribunal Superior Eleitoral proclamou o vencedor. O vencedor será diplomado até dia 19 de dezembro e tomará posse dia 1º de janeiro de 2023”.
O presidente do TSE avaliou que o alto comparecimento as urnas no domingo demonstrou que a população brasileira confia nas urnas eletrônicas e no sistema eleitoral. Segundo o ministro, 79,41% do eleitorado votou no segundo turno, contabilizando quase 125 milhões de eleitores. "Pela primeira vez a abstenção do segundo turno foi menor do que a do primeiro turno. Houve efetivamente a participação maciça do eleitorado, e o brasileiro demonstrou total confiança nas urnas eletrônicas".
Moraes também ressaltou que o tribunal concluiu a totalização de todos os votos do segundo turno na segunda-feira, 31, e que antes das 20h da de domingo a Corte proclamou o resultado, com 98% dos votos apurados. "Somos uma das quatro maiores democracias do mundo, mas a única que proclama o resultado no mesmo dia. Três horas após o final da eleição nós já sabíamos quem seria o novo presidente e vice-presidente da República, mostrando a eficiência, a rapidez e a competência das urnas eletrônicas", ponderou.
"Quero parabenizar o Tribunal Superior Eleitoral, os tribunais regionais regionais, todos os juízes eleitorais, os membros do Ministério Público Eleitoral e, mais do que isso, parabenizar a sociedade. As eleitoras, os eleitores que em sua maioria são democratas. Acreditam na democracia, acreditam no estado democrático de direito, compareceram, votaram em seus candidatos e aceitaram democraticamente o resultado das eleições", disse.
Bloqueios
Os bloqueios nas rodovias tiveram início na noite do domingo, 30, logo após o resultado das urnas na eleição presidencial. As manifestações começaram no interior de Mato Grosso e de Santa Catarina — como Criciúma e Itajaí. Em vídeos que circulavam pelas redes sociais, manifestantes pediam intervenção do Exército e afirmavam que só iriam sair das rodovias com o Exército. Durante a madrugada de segunda-feira, 31, bolsonaristas de todo o país começaram a reproduzir o ato, bloqueando as estradas.
Segundo a corporação, as interdições ainda estão presentes no Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rondônia e Santa Catarina. No boletim anterior, divulgado às 6h17 desta quinta-feira, o total de pontos interditados era de 86 em 11 estados. Na atualização, Acre, Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul não possuem mais nenhum registro de bloqueios. Desde o início das operações, de acordo com a PRF, 876 protestos já foram desfeitos e mais de 1.992 multas foram aplicadas.
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Bolsonaro pede que manifestantes liberem as rodovias
Bolsonaro explicou que o fechamento das rodovias prejudica o direito de ir e vir da população e que isso está na Constituição. "Nós sempre estivemos dentro dessas quatro linhas", afirmou. Além disso, o presidente disse que a paralisação prejudica a economia.
"Colocamos a nossa Polícia Rodoviária Federal desde o primeiro momento para desobstruir rodovias pelo Brasil, mas são muitos pontos e as dificuldades são enormes", complementou. Bolsonaro pediu para que seus apoiadores protestem em outros locais e de outras formas que não prejudiquem a população. "Isso é muito bem vindo e faz parte da democracia", ressaltou.
O presidente finalizou dizendo que ao longo de seu mandato, colaborou para ressurgir o sentimento patriota, a defesa da família e da liberdade. "Não vamos jogar isso fora. Vamos fazer o que tem que ser feito. Estou com vocês e tenho certeza que estão comigo", disse.
- Presidente Jair Bolsonaro pede a manifestantes que desobstruam as rodovias: pic.twitter.com/ztRXh3IQWu
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