Por fabio.klotz

Rio - Aos 23 anos, Ricardo Fischer tem a missão de conduzir as feras do Bauru. O armador dita o ritmo e não tem decepcionado: é um dos protagonistas do clube paulista. Na melhor temporada da carreira, análise do próprio atleta, ele é um dos trunfos no Final Four da Liga das Américas. Neste sábado, às 18h, o Bauru encara o Peñarol, no Maracanãzinho.

Bem na foto! Fischer foi o MVP do Jogo das Estrelas do NBBDivulgação

"Vai ser uma tarefa muito mais difícil por ser no Rio. Precisamos de paciência para jogar contra um time argentino. Pode ver que contra o Flamengo eles ficaram 20 pontos atrás, mas eles estão sempre vivos no jogo. Precisa ter muita paciência", declarou o armador.

O Bauru convive com a ausência do ala-pivô Jefferson: fora da temporada após romper o tendão de Aquiles do tornozelo direito.

"O elenco tinha uma folga, uma rotação muito grande. Agora perdeu um pouco. Perdemos em algumas coisas sem ele e ganhamos em outras. O time está bem fechado. Sentimos por ele. O time é experiente e cada um vai dar um pouquinho mais", diz Fischer.

O armador evolui a cada temporada. Ele relembra com carinho os conselhos dados pelo irmão Fernando Fischer, atualmente no Basquete Cearense e com quem jogou no próprio Bauru.

"É um cara que cresci vendo jogar, um ídolo. Tive a felicidade de jogar com ele por dois anos e ganhar um título paulista. Ele é um cara que sempre assiste aos jogos e tem uma visão muito boa. Sempre me dá uns toques. Ele sempre falou para eu ser armador e naturalmente eu virei armador", conta o irmão mais novo.

Fischer ao lado do irmão e ídolo Ricardo%3A parceria foi campeã paulista pelo BauruDivulgação

Guerrinha também é uma pessoa fundamental no crescimento de Fischer. Ex-armador, o técnico do Bauru ajuda o atleta a se firmar como um dos melhores na posição do Brasil.

"Guerrinha tem uma visão incrível. É um excelente técnico. Tem coisas que ele vê que eu não percebo dentro de quadra. Tenho uma relação muito boa com ele. Guerrinha sempre me chama para conversar. É um cara sensacional", afirma Fischer.

O técnico do Bauru é só elogios ao armador. A tendência é melhorar ainda mais, avisa Guerrinha.

"Ricardo vem mostrando talento e maturidade incríveis. Às vezes, alguém diz: 'Pô, ele errou esta bola.' Mas se esquece que ele tem 23 anos ainda. O armador atinge a plenitude da maturidade depois dos 25 anos. Ele está praticamente pronto. Tem um espaço fantástico, principalmente numa equipe com jogadores como Alex, Rafael Hettsheimeir, Jefferson, Larry, que tem passado valores para ele. Ricardo está aprendendo rapidamente e tem a facilidade de trabalhar com um técnico que foi armador também. Isso ajuda na troca de informações", declarou o treinador de Bauru.

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