Os quatro dirigentes responsáveis por reconstruir a equipe começaram a trabalhar na sexta. O grupo tem como principal intermediador nas negociações o diretor executivo Rui Costa, ex-Grêmio. O trabalho é chefiado pelo presidente em exercício, Ivan Tozzo.
Em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S. Paulo, Tozzo comentou que a nova Chapecoense será parecida à antiga. "Vamos manter o perfil. Nada de loucuras e de estrelas. O teto salarial será de R$ 110 mil. Estamos ansiosos para começar a fechar com os novos jogadores do time", afirmou. O primeiro reforço deve ser a volta do zagueiro Douglas Grolli. Revelado no clube, ele virá emprestado pelo Cruzeiro, que pagará parte do seu salário.
A Chapecoense quer contar com 11 jogadores promovidos da base. O atleta mais renomado da equipe não deverá, no entanto, ser um reforço, mas o meia Martinuccio. O argentino, de 28 anos, teve passagens frustradas por Fluminense, Cruzeiro e Coritiba e só não esteve na viagem à Colômbia porque se recuperava de uma lesão.
Dos remanescentes do elenco, ele é o único com contrato longo, além dos jovens formados no clube. Outros quatro jogadores do elenco conversam sobre uma possível renovação. Tozzo contou que recebeu o contato de vários clubes da Série A e ouviu ofertas de jogadores. O radar da diretoria também está atento para atletas em fim de contrato, pois representam aquisições sem custo.
"Não temos dificuldade de achar quem queira jogar na Chape. O clube tem boa fama porque paga em dia. A cidade é boa, o time é estruturado e a família do atleta participa de tudo".
A Chapecoense aguarda receber em janeiro a doação de R$ 5 milhões da CBF - prometida para ajudar nas despesas. Outra receita a caminho virá do Barcelona. O clube pagará cerca de R$ 900 mil para disputar um amistoso com a equipe de Santa Catarina em agosto, na Espanha.