Por jessyca.damaso

Rio - A carreira de Marcelinho Carioca foi marcada por belos gols de falta e jogadas que entraram para a história, mas seu temperamento explosivo também fez parte de sua passagem no futebol. Durante o programa 'Bem, Amigos!' da última segunda-feira, o ex-jogador voltou a reconhecer seus erros e relembrou suas passagens pelo Flamengo e Corinthians.

Marcelinho Carioca não compareceu à festa do título do Flamengo de 92Reprodução SporTv

No último sábado, o Flamengo reuniu, antes da partida contra o Coritiba, pelo Brasileirão, na Ilha do Urubu, todos os campeões de 1992 para dar uma volta no gramado com a taça conquistada. Porém, Marcelinho não compareceu e foi questionado pelo comentarista de arbitragem Arnaldo Cezar Coelho o motivo.

"Eu estava em Brasília. tinha um evento, e eu sou muito grato ao Clube de Regatas do Flamengo porque ele me ascendeu ao futebol brasileiro. Saio do Madureira e vou para o Flamengo. Só que a minha história muito mais forte é com o Corinthians, e eu não sou hipócrita. Poderia ter ajeitado uma situação para sair de Brasília para ir para o Flamengo? Sim. Poderia ter dado um jeito. Mas eu não vou ser hipócrita de poder pegar uma taça, levantar, ir na torcida", disse Marcelinho.

Ex-jogador não escondeu que ainda guarda ressentimento do Rubro-Negro, clube onde se projetou.

"Os dirigentes saíram... Mas você imagina. O seu filho tem sete dias de nascido. Você é chamado na Gávea e considerado o melhor jogador do Campeonato Brasileiro de 1993. E falam assim: "Olha, você está sendo vendido." "Eu? Vendido? Pra onde? Joguei sete anos no Madureira, lutei para vir para o Flamengo. Falei para o meu pai que ia jogar no Flamengo. E agora, depois desses sete anos, eu estou saindo por quê?" Aí eles disseram? "Nós temos que pagar o décimo terceiro do Renato e do Casagrande", falou.

Marcelinho Carioca voltou a contar que na época, deixou o Flamengo contra a sua vontade. Porém, o clube havia concretizado o negócio com o Corinthians, onde ficou até 1997, quando foi transferido para o Valencia, da Espanha, e retornou para o time paulista no ano seguinte.

"Lembro que falei para o dirigente e presidente na época (Luiz Augusto Velloso): "Estou saindo contra a minha vontade, e você não vão me ver mais aqui. Vocês vão tentar me comprar de novo, e quem vai falar não vou ser eu." Aí em 1997, quando eu estava no Valencia, aquela situação para voltar, o Flamengo bateu à porta do Valencia. Falei: "Não quero nem escutar." Recebi uma ligação do Márcio Braga: "Marcelinho, eu te peguei do Madureira e te trouxe para o Flamengo. Agora eu quero te pegar de novo." Eu disse: "Não, agora eu não quero voltar." Quando voltei, voltei para o Corinthians. Depois de 2003, fui para o Vasco".

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