Rogério Caboclo, presidente da CBF, durante encontro com representantes de clubes
Rogério Caboclo, presidente da CBF, durante encontro com representantes de clubesVenê Casagrande/Jornal O Dia
Por Venê Casagrande
Rio - Na última terça-feira, o Jornal O Dia teve acesso exclusivo à reunião entre o presidente da CBF, Rogério Caboclo, e os dirigentes dos clubes da Série A e B do Campeonato Brasileiro. Durante o encontro feito por aplicativo de chamadas de vídeo, no dia 10 de março, o mandatário garantiu, que a entidade e a Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão, não têm a intenção de paralisar os campeonatos nacionais em 2021. O jornal também conseguiu o outro trecho da reunião entre Caboclo e os dirigentes.
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Durante esse novo trecho, o presidente da CBF elogiou o trabalho feito pelos dirigentes em seus clubes, e admitiu que os clubes praticaram "aquilo que o Governo deveria ter feito". 
Confira alguns trechos Rogério Caboclo na reunião:
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"A CBF, as Federações e os clubes fizeram um trabalho lindo e maravilhoso. Eu vou dizer indefectível. Quando demonstrar todo o trato desde as camisas dos clubes até as ações sociais demonstradas e fizeram de coração. Com ação social, ação efetiva, com poucos ramos da sociais fez. Desde Governos municipais, Governos de Estado e até federal. Fizemos funções sociais que ninguém fez. Os clubes fizeram. As Federações fizeram. E a CBF fez. Não quero crédito para ninguém. Acho que ninguém fez melhor do que ninguém. O fato é que praticamos aquilo que o Governo deveria ter feito. Os Governos talvez não tenham feito. Não vou me alongar. Eu queria ter colocado uma ampulheta para delimitar as palavras daqueles que vão falar a respeito de tudo isso".


"Objetivamente, a CBF junto com as Federações e Clubes, fizeram 90 mil testes. Gastaram 30 milhões de reais. Em competições nacionais, não reduziram uma única partida. Eu ouvi isso dos maiores dirigentes do futebol do mundo. "Ninguém fez isso. Como é que vocês fizeram?" Vontade, vigor, voluntariedade. Unidade de clubes e de federações porque estávamos unidos. Não por nenhuma segunda razão ninguém se gabaritar por isso. Ninguém quis ganhar status por isso. Nem do maior e nem do menor clube. Ninguém quis se realizar a partir disso. Nem a CBF. Nem nenhuma entidade estadual. Eu disse para o presidente da Fifa: o Flamengo tem uma camisa gigante. Mas aqui ele é tratado igual a uma camisa quase igual que foi rebaixado, o Oeste de Itápolis, o Oeste de Barueri. Não diferenciamos nenhum clube. Não existe o gigante. Não existe o pequeno. Nós tratamos os clubes equânime. Cada um com o seu potencial. Econômicos e financeiro. Cada qual vai ser mantido no seu patamar. Cada um vai ser resguardado da maneira em que manteve. Ao Flamengo a dignidade do futebol do Brasil, ao Palmeiras, aos clubes brasileiros que foram além do país e que merecem o nosso respeito, mas todos merecem o mesmo respeito. Cada um vai merecer o seu respeito e o seu valor financeiro na negociação coletiva porque vou dizer que se não houver a negociação coletiva o Brasil perde. Afirmo: perde o Nordeste. Todos. O Bahia, o Fortaleza, o Ceará e todo. Perdem os clubes do Rio que nunca vão se equiparar. perde o Vasco, o Botafogo e o Fluminense. Eu elevo o Flamengo ao status que merece hoje. Os clubes de São Paulo muito bem colegiados e estabelecidos têm uma noção razoável. Elegidos pelos presidente Reinaldo. São cinco clubes que falam a mesma voz. Uma única voz".