Tite tem 100% de aproveitamento com a Seleção em seis rodadas das Eliminatórias para a Copa de 2022AFP

Por O Dia
Com 16 vitórias em 18 partidas pela Seleção em duas Eliminatórias da Copa do Mundo, os números de Tite são incontestáveis. Ainda assim, até o fim de semana ele corria o risco de sair devido à crise na CBF por causa da Copa América no Brasil. O presidente afastado da entidade, Rogério Caboclo, pensava numa demissão enquanto também se falava que o treinador poderia pedir para sair após o duelo com o Paraguai. Entretanto, Tite desconversou sobre essa possibilidade.
"Pensei no trabalho, nas exigências que teria, cada dia, cada momento, quem escalar certo. Consultamos, trabalhamos. Peguei minha energia toda e fiquei voltado para isso. Não sou hipócrita, não sou alienado e sei que as coisas acontecem. Mas sei dar prioridade. Prioridade é meu trabalho e a dignidade do meu trabalho", disse Tite, que não respondeu se trabalharia com Caboclo caso ele retorne do afastamento em 30 dias.
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Com o afastamento de Caboclo por acusação de assédio sexual a uma funcionária, o clima na Seleção aliviou e a crise parece ter sido contornada. Inclusive, o comunicado divulgado pelos jogadores após o jogo contra o Paraguai foi em tom mais ameno, sem críticas à CBF e apenas com um protesto velado contra a Copa América, sem explicar qual o motivo do descontentamento.
"Por diversas razões, sejam elas humanitárias ou de cunho profissional, estamos insatisfeitos com a condução da Copa América pela Conmebol, fosse ela sediada tardiamente no Chile ou mesmo no Brasil (...) Somos contra a organização da Copa América, mas nunca diremos não à Seleção Brasileira", diz o comunicado.
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No fim da coletiva de Tite, o coordenador da Seleção, Juninho Paulista, reforçou o apoio. "Tivemos semanas desgastantes. O trabalho não foi fácil, mas foi de excelência. É um manifesto que nos representa. São jogadores, comissão e a delegação de todos os profissionais que trabalham com maior afinco".