Sha'Carri RichardsonReprodução
O jornal jamaicano Gleaner foi o primeiro a dar a notícia na noite de quinta-feira. Richardson se colocou como forte candidata a conquistar uma medalha de ouro ao vencer a prova dos 100 metros com o tempo de 10s86, uma de suas cinco corridas abaixo dos 11 segundos nessa temporada.
A maconha é proibida pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês). Porém, se os atletas provarem que a ingestão da substância não teve relação com sua performance esportiva, a punição é reduzida de quatro anos para três meses. Além disso, a suspensão pode cair para apenas um mês se o competidor em questão estiver disposto a passar por um programa de tratamento aprovado, junto com a organização nacional antidoping.
O tema começou a ser discutido nas redes sociais, causando argumentos a favor e contra a atleta. Enquanto alguns pensam que a corredora deveria se submeter às regras internacionais, outros defenderam Richardson, dizendo que a maconha é aprovada em mais de 19 estados americanos, incluindo o Oregon, onde aconteceu o doping. Ainda não existem provas de que a cannabis aumenta a performance dos atletas, apesar de ser uma substância proibida pelos órgãos responsáveis.
Em Tóquio, Richardson esperava ser a primeira mulher americana a vencer os 100 metros de uma Olimpíada desde Gail Devers, em Atlanta-1996. Em abril, a texana atingiu a marca de 10s72.
Para tentar manter a sua vaga nos Jogos, a corredora tem duas alternativas: recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), que pode entender que a pena foi muito dura e reduzi-la ou até retirá-la, ou torcer para que uma punição de 30 dias a partir do momento da infração que a permita participar do revezamento 4x100 metros, marcado para o dia 6 de agosto. No entanto, ela precisaria ser selecionada pela equipe de atletismo dos Estados Unidos.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.