Robinho foi apresentado pelo Santos em outubro de 2020, mas não chegou a jogarDivulgação

O advogado da vítima no caso de estupro coletivo envolvendo Robinho afirmou que vai pedir a reabertura do caso para que quatro homens sejam investigados e julgados no processo que condenou o ex-jogador a 9 anos de prisão em última instância, em janeiro deste ano. Apesar do processo constar que esses quatro indivíduos participaram da ação, só Robinho e um amigo, Ricardo Falcon, foram julgados e condenados.
A informação foi publicada pelo 'Uol Esportes'. Segundo o advogado da vítima, Jacopo Gnocchi, os envolvidos, que são brasileiros e não tiveram seus nomes revelados publicamente, constam nos documentos da investigação policial e na denúncia oferecida em primeira instância.
Eles não foram denunciados pelo simples fato de não terem sido encontrados na Itália para serem notificados sobre a conclusão da investigação, fazendo com que o juiz que decidiu a audiência preliminar, em 31 de março de 2016, decidisse separar o caso.
" Vamos solicitar às autoridades italianas que os encontrem e notifiquem e esperamos, assim, prosseguir com o processo. Eles têm a presunção da inocência assegurada, será a Justiça a determinar se esses senhores, que estavam juntos com os dois condenados em via definitiva, são culpados ou não. A esta altura do campeonato, as autoridades italianas precisam tomar providências e pedir às autoridades brasileiras auxílio, o que é previsto no acordo de cooperação internacional entre os dois países", disse o advogado.
Durante o caso, a defesa de Robinho tentou desqualificar a vítima, exibindo fotografias ao tribunal em que a jovem ingere bebidas alcoólicas. Os advogados do ex-jogador da Vila Belmiro mostraram um dossiê com imagens retiradas das redes sociais da albanesa.
Ao todo, 42 fotos foram adicionadas ao processo. Ricardo Falco, também condenado em segunda instância, deve seguir os passos de Robson. Após o martelo decisivo da Corte de Apelação, as informações apontam que a defesa de Robinho ainda tentará de recorrer em terceira instância - uma espécie de Supremo Tribunal de Justiça do país.
Robinho havia sido contratado pelo Santos em outubro daquele ano, mas, após pressão de patrocinadores e torcedores, o condenado em segunda instância deixou o clube e disse que tiraria um tempo para estudar sua condenação.
CRIME OCORREU NA ITÁLIA
Robinho e outras cinco pessoas foram condenadas em primeira instância, na Itália, por violência sexual. Robinho chegou a ser um dos desfalques do Istanbul Basaksehir contra a Roma, pela Liga Europa, em 2019. Como a partida foi realizada na Itália, o brasileiro temeria o risco de ser preso, segundo apontou o jornal espanhol "As".
O episódio pelo qual Robinho foi condenado ocorreu em 22 de janeiro de 2013. Os condenados foram acusados de abusar sexualmente, na saída de uma boate, de uma mulher de 22 anos. Em 2017, Robinho foi condenado a nove anos de prisão, apesar de afirmar que não teve "nenhuma participação" no estupro.
Em áudios capturados pela Justiça do país durante as investigações, é possível notar que Robinho assume ter feito sexo oral com a jovem. As conversas foram com Ricardo Falco, outro condenado na ação.