Danilo Fernandes relembra ataque a ônibus do BahiaFelipe Santana/EC Bahia
Danilo ficou bem machucado após o ataque dos criminosos. O goleiro foi atingido por estilhaços de vidro perto do olho e recebeu pontos em várias partes do corpo por conta dos ferimentos.
- Quando eu olhei para as minhas pernas, parecia que eu tinha tomado, não exagerando, mas três tiros. Porque tinham três buracos na minha perna, na minha coxa. Eu estava com muita dor na perna, muita dor no maxilar - disse o goleiro.
- Eu já não estava conseguindo enxergar. Só vultos eu conseguia ver por esse olho. Muitos vultos, muitas manchas - contou.
Ao ser perguntado se aquela situação o tiraria dos gramados, Danilo Fernandes afirmou que não deixaria de ser goleiro por causa dos ataques criminosos que sofreu.
- Deixar de fazer o que mais amo por causa de bandidos? Não. Isso nem passou pela minha cabeça, parar de jogar. Eu sou muito maior do que eles. Eu sou muito maior do que isso - afirmou Danilo.
Danilo Fernandes revelou que poderia ter morrido durante o ataque e agradeceu por ter conseguido sair daquela situação com vida:
- Tem que agradecer muito a Deus por estar vivo hoje. Essas cicatrizes são marcas que... Tomara que sumam todas, não quero ver uma marca dessa no meu corpo. Mas só mostra o quanto eu sou muito mais forte do que eles.
Ao ser perguntado sobre justiça, Danilo afirmou que acredita muito na delegacia e no governador do estado para resolver a situação.
- Eu só espero que não precise morrer alguém para que uma atitude aconteça. Acredito muito na delegada (Francineide Moura, que cuida do caso). Eu também fui lá para prestar meu depoimento. Acredito muito nela, no governador daqui do estado (Rui Costa). Ele também está totalmente ligado ao caso, se prontificou realmente que ele vai atrás desses caras, e eles vão pagar pelo que fizeram. Porque foi uma tentativa de homicídio. E isso ninguém pode negar - afirmou.
No final da entrevista, Danilo Fernandes agradeceu todo o suporte que o Bahia vem prestando desde que aconteceu o ataque.
- O pessoal do Bahia me deu todo o suporte, está me dando. Fui na delegacia, os advogados estavam presentes. Tenho falado quase que diariamente com o presidente (Guilherme Bellintani), com o vice (Vitor Ferraz). O pessoal está bem bacana, bem legal comigo. Acabou o jogo, no mesmo dia, o Vitor Ferraz foi lá me ver. No outro dia, que eu recebi alta, eu ainda fui pela primeira vez na delegacia fazer corpo delito, o presidente estava lá me acompanhando também. Então, assim, o pessoal está bem engajado. A psicóloga do clube me mandou mensagem. Estou tendo todo o suporte - relatou.
O atentado ao ônibus aconteceu no dia 24 de fevereiro, quando jogadores do Bahia chegavam à Arena Fonte Nova para jogar contra o Sampaio Corrêa, em partida válida pela Copa do Nordeste.
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