Técnicos Paulo Sousa, do Flamengo, e Luís Castro, do Botafogo, encontram-se neste domingoMontagem sobre fotos de Marcelo Cortes/Flamengo e Vitor Silva/Botafogo

Pela primeira vez na história do clássico, Flamengo e Botafogo terão à beira do campo dois técnicos portugueses no comando de suas equipes. Se os dois têm em comum uma nova metodologia, com trabalhos mais intensos e foco na parte tática, Paulo Sousa sofre a pressão por melhor desempenho do Rubro-Negro, enquanto Luís Castro segue em busca de evolução no Glorioso, com os dois profissionais precisando da vitória neste domingo, às 11h no Mané Garrincha, em Brasília, pelo Brasileirão.
Há mais tempo no futebol brasileiro - chegou em janeiro -, Paulo Sousa já tem que conviver com a enorme pressão que os técnicos sofrem no futebol brasileiro. Contratado para arrumar a casa e levar o Flamengo de volta à superioridade em campo e de títulos, como em 2019, o técnico de 51 anos optou por trocar a possibilidade de dirigir a Polônia numa Copa do Mundo para trabalhar no clube de maior torcida do Brasil. Mas sofre com as comparações constantes com o compatriota Jorge Jesus, que deu início à onda portuguesa nos clubes do país.
Ex-técnico do Flamengo campeão da Libertadores e do Brasileiro de 2019, o Jesus inclusive aumentou a pressão ao cavar um retorno ao Flamengo nesta semana, contanto com o apoio dos torcedores. Bancado pela diretoria, Paulo Sousa desde o início se dispôs a levar mais disciplina no dia a dia e aposta no rodízio do elenco, mas ainda não decolou e seu time não vem fazendo boas atuações. Por isso, não basta vitória no clássico, é preciso convencer os rubro-negros em busca de mais tranquilidade.
Do outro lado, Luís Castro chegou no fim de março e tem pouco mais de um mês de trabalho em um elenco que foi montado para a disputa do Brasileirão durante a preparação. Ao contrário do compatriota, o técnico alvinegro saiu do Al Duhail, do Catar, para dar início a um projeto maior junto à SAF, com aposta em jovens jogadores. O trabalho é de construção de uma nova identidade, com a implantação dos pilares desse novo Botafogo.
Com crédito diante da torcida neste início de trabalho, Castro ainda busca entrosamento de sua equipe e o entendimento tático dos jogadores ao que deseja. Em seu primeiro clássico no Brasil, terá a chance de mostrar evolução no trabalho e provar que o atual Botafogo pode brigar com as principais equipes, mesmo ainda com um elenco inferior.