Michael SaruniDivulgação

Rio - O corredor queniano Michael Saruni protagonizou uma situação bizarra para fugir do antidoping. Em 2022, o atleta tentou que um sósia realizasse o exame em seu lugar, mas acabou pego e foi suspenso pela Agência Antidoping do Quênia (ADAK) por quatro anos. Ele estava afastado provisioariamente desde o início do ano passado.
O caso aconteceu quando Saruni disputava as qualificatórias quenianas para o Mundial de atletismo. Ao ser sorteado para o exame antidoping, ele começou a tossir muito e pediu para ir ao banheiro, levantando suspeita da organização.
"Eu conseguia ouvir alguém tossindo e apertando a descarga na cabine. Pedi para que a porta fosse aberta. Um homem saiu com as mesmas roupas da pessoa que vi entrar no banheiro. Percebi, no entanto, que ele não parecia um atleta que tinha acabado de competir e nem estava tossindo", relatou Anthony Kamau, membro da ADAK.
Segundo a defesa de Saruni, ele nunca foi convocado para a realização do exame e nem teve sua identificação solicitada pelos membros da ADAK. No entanto, a agência nega a versão e afirma que o velocista pagou o sósia, identificado como Dennis Mwangi, para que fizesse o exame em seu lugar.
Michael Saruni, que chegou a disputar as Olimpíadas de Tóquio, teve sua suspensão divulgada junto de outros 40 atletas. O Quênia vem sofrendo com uma onda de infrações em doping em todos os esportes.