Jose Luis Marti?nez-Almeida é o prefeito de MadriReprodução / Instagram
Prefeito de Madri pede retratação de Vini Jr. após entrevista: 'Não somos uma sociedade racista'
Brasileiro afirmou que Espanha deveria perder sede da Copa de 2030, caso não 'mude' sobre racismo
Rio - A declaração de Vini Jr. de que a Copa de 2030 deveria sair da Espanha, caso o país não mude sua conduta sobre o racismo repercutiu no país europeu. O prefeito de Madri, José Luis Martínez Almeida, afirmou que a fala do brasileiro foi generalista em relação ao povo espanhol.
“Todos sabemos que existem episódios racistas na sociedade e que temos de trabalhar arduamente para eliminar esses episódios racistas. Mas é profundamente injusto para Espanha e, particularmente, para Madri, dizer que somos uma sociedade racista e, além disso, para colocar em risco a comemoração da Copa do Mundo de 2030, peço que você retifique, você tem que se desculpar", afirmou Almeida.
O prefeito de Madri afirmou que Vini Jr. foi apoiado em Madri pelas autoridades, após ter sido vítima de racismo em partidas pelo Real. Almeida reforçou que deseja que o brasileiro se retifique em relação a declaração.
"Quando houver um episódio racista você terá todos nós ao seu lado, mas não terá todos nós. ao seu lado quando você diz que somos racistas porque isso não é verdade. Todos sabemos que quando se comete um erro é preciso retificá-lo", concluiu.
Vini Jr. afirmou que acredita que a Espanha terá tempo para corrigir a questão racista e reforçou que não acredita que a maioria da população do país cometa crimes de discriminação ou nutra ódio pela população negra.
"Acredito e quero fazer de tudo para que as coisas possam mudar porque tem muitas pessoas na Espanha, ou a maioria, não são racistas, mas tem um grupo pequeno que acaba afetando a imagem de um país onde é tão bom de se viver. Amo estar aqui, amo o Real Madrid, e ter as melhores condições aqui com a minha família. Estou torcendo para que as coisas possam evoluir mais. Já evoluíram até aqui, mas que possam evoluir mais e que até 2030 os casos de racismo possam diminuir", explicou o brasileiro em entrevista à "CNN".
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