A viúva, Irani Pinheiro, confirmou que o cérebro de Maguila, que morreu aos 66 anos na quinta-feira (24), foi doado para estudos científicos, na Universidade de São Paulo (USP). Esse era um desejo do ex-boxeador, que sofria de encefalopatia traumática crônica, doença que conviveu nos últimos anos em decorrência dos anos da carreira no boxe.
"Resolvemos até em vida mesmo a doação do cérebro dele para estudos por causa da doença. Fizemos isso ontem (quinta-feira)", disse Irani.
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Ela e dois dos três filhos de Maguila foram alguns dos familiares presentes no velório na manhã desta sexta-feira (25), a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
A USP realiza estudos científicos sobre lesões na cabeça relacionadas ao esporte e já recebeu outras doações de atletas mortos, como o campeão de boxe Eder Jofre e o capitão da seleção brasileira no título da Copa do Mundo de 1958, Bellini.
Em 2018, Maguila declarou a vontade de doar o cérebro à Faculdade de Medicina da universidade. Parte da pesquisa diz respeito às consequências de impactos repetidos na cabeça de atletas que praticam futebol, boxe e rúgbi.
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