Rafinha
RafinhaAlexandre Vidal / Flamengo
Por Venê Casagrande
Rio - Sempre que a negociação frustrada com o lateral-direito Rafinha entra em pauta, o nome de Luiz Eduardo Baptista, vice-Presidente de Relações Externas do Flamengo é citado. Apontado como um dos dirigentes que não desejavam a contratação do atleta, o Bap novamente negou que tenha sido contra o retorno do jogador campeão da Libertadores em 2019 ao Rubro-Negro. Em entrevista, o dirigente afirmou que o financeiro do clube afirmou que o jogador só poderia ser contratado no segundo semestre.
"Todo torcedor do Flamengo gostaria de contratar o Rafinha. Só que o financeiro afirmou que só poderíamos contratar quando desonerasse a folha em R$ 1 milhão. Isso só seria possível em julho ou agosto desse ano. Se o atleta pudesse esperar, ótimo. Se não não pudesse infelizmente não havia o que fazer", afirmou.
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Rafinha, de 35 anos, acabou acertando com o Grêmio. O lateral-direito afirmou em entrevistas que não chegou a discutir valores com o Rubro-Negro, e que estava disposto a fazer um esforço já que o atual momento financeiro do clube não era positivo. Apesar disso, Bap afirmou que de qualquer maneiro a sua contratação traria um maior gasto ao Flamengo.
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"Nenhum rubro-negro em sã consciência não gostaria de ter o Rafinha. Mas nós não podemos tomar uma decisão que comprometa o nosso orçamento. Mesmo que digam: "você pode me pagar ano que vem, não precisa pagar esse ano". É dívida do mesmo modo. O Rafinha foi uma unanimidade na avaliação técnica, no conselho do futebol", afirmou.
Ao abordar as negociações com Rafinha, o dirigente afirmou que quando o Flamengo o procurou para iniciar as negociações, a previsão que os dirigentes tinham era que de a pandemia estaria no fim e que o impacto econômico negativo dela diminuiria em pouco tempo.
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"Quando iniciamos as conversas com ele, a gente achava que o público voltaria em março, que a pandemia estava distante. Hoje, em sã consciência, a gente não pode saber quando volta. Esse ano a gente a gente tem além do prejuízo do ano passado, mais R$ 80 milhões na conta desse ano. A gente não pode colocar em risco a permanência de um Gabigol, Bruno Henrique, Arrascaeta e Everton Ribeiro por causa de um capricho da gente, que não tínhamos condições de pagar", contou.
O dirigente afirmou que entende a insatisfação do jogador, mas lembrou que Rafinha optou por deixar o Flamengo no meio da última temporada. O jogador, de 35 anos, acertou com o Olympiacos, da Grécia, e após pouco tempo no futebol europeu decidiu voltar ao Brasil.
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"Eu entendo o lado do atleta, mas a gente precisa pensar no nosso lado. E eu digo assim: o Rafinha escolheu ir embora. Ele tinha uma cláusula contratual que quando ele disse que ele ia embora por causa de dinheiro, isso estava escrito no contrato. Ninguém queria perder o Rafinha, mas ele escolheu o caminho dele e quis ir embora", afirmou.
Luiz Eduardo Baptista também citou a contratação de Mauricio Isla e a necessidade de outros investimentos no elenco, em posições consideradas mais carentes, como um dos motivos que levaram ao Rubro-Negro a ver a contratação de Rafinha como um certo "capricho".
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"Para o lugar dele nós contratamos um jogador que merece o respeito, que tem seu valor e sua história. Se nós trouxéssemos ele de volta, nós ficaríamos com cinco laterais. Aí o Rogério Ceni pede um meia e a gente faz o que? Escala o Rafinha no meio-campo? Nós precisamos gerenciar a escassez. Estamos em um momento delicado", contou.