Cavani comemora o gol marcado na vitória por 2 a 0 sobre a Bolívia, na Arena PantanalAFP

Por ESTADÃO CONTEÚDO
Cuiabá - Em duelo de seleções que ainda não haviam vencido nesta Copa América, o Uruguai fez valer a tradição e seu melhor futebol para superar a Bolívia por 2 a 0, nesta quinta-feira. Liderado por Luis Suárez e Edinson Cavani, o ataque uruguaio sofreu no primeiro tempo, mas deslanchou na etapa final e poderia ter saído da Arena Pantanal, em Cuiabá, com uma goleada.
Sem esconder o desgaste físico, após uma temporada dura na Europa, os dois atacantes foram discretos no primeiro tempo. O Uruguai "precisou" de um gol contra para abrir o placar. O segundo tempo teve roteiro diferente, com chances incríveis desperdiçadas e até lampejos de genialidade de Suárez. Cavani acabou anotando o segundo gol.
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Foi o suficiente para o Uruguai chegar aos quatro pontos, na provisória terceira colocação do Grupo A. O Chile, que enfrenta o Paraguai ainda nesta quinta, pode superar os uruguaios na tabela. Já a Bolívia segue como a única seleção ainda sem pontuar na competição.
O time boliviano foi um dos mais afetados pela covid-19 nesta Copa América. Mas, nesta quinta, voltou a contar com três reforços, recuperados da nova doença. Entre eles estão o meia Henry Vaca e o atacante Marcelo Moreno, que entraram no segundo tempo. O zagueiro Haquín não saiu do banco de reservas.
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Como era de se esperar, o Uruguai controlou o jogo e se impôs diante da Bolívia, pior time da competição até agora, no primeiro tempo. Mesmo longe de fazer grande atuação, os uruguaios dominavam a posse de bola, povoavam o meio-campo e praticamente só jogavam no campo de adversário.
Com Arrascaeta sem empolgar, Vecino, De La Cruz e Valverde comandavam a equipe, principalmente o último. Valverde era o motor do time, criando as principais jogadas. O esforço do jogador do Real Madrid, contudo, não era acompanhado por Suárez e Cavani. A dupla demonstrava desgaste físico e falta de ritmo de jogo.
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Somente nos minutos finais do primeiro tempo os dois começaram a aparecer melhor em campo, com chances de gol. Antes disso, foram seguidos erros inesperados e oportunidades desperdiçadas que não costumam fazer parte do currículo de ambos. O melhor exemplo disso aconteceu aos 20, quando Cavani se enrolou sozinho com a bola quando tentava driblar o goleiro Lampe.
Se os atacantes não ajudavam, a defesa boliviana resolveu ajudar Aos 39, em jogada de Valverde e Arrascaeta, Quinteros se antecipou a Cavani, que surgia na segunda trave, e completou rasteiro contra as próprias redes.
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O gol parece ter deixado o ataque uruguaio mais solto no segundo tempo. Com a vantagem no placar, Suárez e Cavani chegavam com mais perigo. O primeiro quase fez lindo gol de cobertura, aos 11, ao perceber Lampe adiantado. O goleiro se destacou também em outro lance de Suárez, aos 15, e de Bentancur, aos 20.
Substituto de Arrascaeta, na metade do segundo tempo, Facundo Torres também desperdiçou chances, aos 30 e aos 32. As chances começavam a se acumular, o jogo se tornava mais aberto e a Bolívia tentava se insinuar no ataque, com a entrada de Marcelo Moreno no jogo.
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E, quando o jogo se tornava perigoso para os uruguaios, veio o segundo gol. Em rápida jogada pela esquerda, Torres cruzou na área e Cavani completou para as redes, aos 33, selando a vitória
Na última rodada do grupo, o Uruguai vai enfrentar o Paraguai no Engenhão, enquanto os bolivianos vão duelar com a Argentina, na Arena Pantanal. Os dois jogos serão disputadas às 21 horas da próxima segunda-feira.