Por victor.abreu

São Paulo - Zagueiro que chega duro na dividida, Marcelo, com 1,86, é capaz de intimidar os atacantes adversários. A cara de mau em campo, no entanto, esconde a faceta zen do jogador, que encontrou na Ioga uma forma de melhorar sua concentração e até seu desempenho físico.

Marcelo pratica ioga após treinamento em AtibaiaDivulgação

"Sempre tive uma pessoa me acompanhando, desde a escolinha, o Adílson. Descansei uma semana e depois trabalhei em três períodos. Pela manhã, musculação, e à tarde, no campo com ele. E à noite Ioga, com a Mônica", surpreendeu o zagueiro, que mantém a rotina mesmo concentrado em Atibaia:

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"Faço algumas coisas no quarto, o Paulo Victor acha um pouco estranho, mas para mim é fundamental. A Alemanha usou na Copa e com certeza isso foi importante na vitória sobre o Brasil. Tenho feito através das redes sociais."
Marcelo, dizem seus companheiros, tem boca, mas não fala. Não se trata, porém, de timidez. As poucas palavras e o tom de voz baixo revelam, na verdade, outro traço de sua personalidade: a serenidade.
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Se hoje ele dá um jeito de, enclausurado no quarto, fazer os exercícios da atividade nascida na Índia, nas férias, em Juiz de Fora, encontrou um ambiente quase transcendental. Longe da atmosfera urbana, era como se Marcelo estivesse em outra dimensão.
"A música era bem light. A gente ficava na mata, ouvindo só o barulho dos bichos e da cachoeira. A massagem ajudava bastante também. Isso será fundamental para a minha carreira."
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O autoconhecimento ajuda Marcelo a corrigir os próprios defeitos. Ao aumentar seu poder de concentração, por exemplo, ele espera melhorar seu desempenho no final das partidas, quando afirma sofrer um apagão de vez em quando. Na pré-temporada, também já sente diferença na hora de recuperar o fôlego, graças às técnicas de respiração aprendidas.
São tantos benefícios que o jogador pretende indicar a Ioga para os companheiros. Eduardo da Silva, no entanto, parece que não vai aderir à pratica. Antes de conceder entrevista coletiva, o atacante revelou que, no Arsenal, havia uma aula semanal da atividade. Mas, segundo ele, não adiantava para muita coisa. Marcelo discorda. Depois do zagueiro-zagueiro, inventado por Vanderlei Luxemburgo, surge o zagueiro-zen.
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