Rio - Líder de público na Copa Libertadores, com média de mais de 59 mil presentes por jogo em casa, o Flamengo ficou só com 24% de toda a renda bruta das partidas no Maracanã. Em três jogos - contra San Lorenzo, Atlético Paranaense e Universidad Católica -, a arrecadação no estádio somou R$ 10,3 milhões - uma média de R$ 3,4 milhões por partida. Porém, de todo esse montante, o Flamengo ficou só com R$ 2,4 milhões.
Na última quarta-feira, apesar da vitória por 3 a 1 sobre a Universidad Católica, o balanço financeiro foi novamente pouco favorável ao clube, de acordo com o Departamento de Comunicação do Flamengo. Dos R$ 3,3 milhões arrecadados na partida, apenas pouco mais de R$ 954 mil ficaram com o time rubro-negro.
As diferenças se explicam pelas despesas atípicas com as quais o clube teve que arcar para realizar os jogos no Maracanã. Contra o San Lorenzo, por exemplo, na estreia do time em casa na Libertadores, o Flamengo teve quase R$ 3 milhões em despesas. A maior delas, de acordo com o borderô da partida, foi com "infraestrutura do estádio", que custou mais de R$ 1,7 milhão para o clube, valor que o Flamengo precisou abater da renda em função de investimentos feitos para que o estádio voltasse a ter condições de uso.
No jogo contra o Atlético Paranaense, o Flamengo precisou arcar com as reposições de cadeiras no setor leste superior do estádio, que estava interditado justamente pela falta de assentos. Segundo o clube carioca, somente no jogo contra a Universidad Católica os custos para realização do jogo foram normalizados, com base no contrato do clube com a Concessionária Maracanã S.A., que administra o estádio.
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"Os acordos entre Flamengo e a Concessionária têm sido feitos de maneira pontual, dado que as partes não têm contrato vigente desde dezembro de 2016", explicou o clube, em nota. "As negociações de aluguel para os dois últimos jogos foram no valor de R$ 700 mil fixos, acrescidos das contas de consumo de luz, água e gás (que em média são de R$ 200.000 somadas aproximadamente)".
Desta forma, aproximadamente R$ 900 mil da renda bruta de cada mando de campo do Flamengo no Maracanã vão direto para a Concessionária. Além disso, o clube ainda precisa arcar com as despesas básicas como os custos de operação de jogo, taxas da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro e despesas com vendas de ingressos, entre outros.
"O Maracanã acaba sendo viável apenas em jogos de grande público e renda, como foram nossas três partidas na fase de grupos da Libertadores. Neste cenário de indefinições sobre o futuro da administração e altos custos destes acordos pontuais, a tendência é que o Flamengo mande a maioria de suas partidas no resto da temporada no Estádio da Ilha", afirmou o clube.