Rio - O pai do atacante Paolo Guerrero, José Guerrero, acusou médicos da seleção peruana de omissão, negou o uso de cocaína e falou que pode existir um complô para o caso de doping do atacante.
"Acho que o departamento médico deve assumir sua responsabilidade. É preciso ser transparente. Eles foram que receitaram os remédios, para que resistisse a um processo gripal. Agora lavam as mãos", disse, em entrevista à Rádio Nacional, do Peru.
O jogador está suspenso pela Fifa por 30 dias, após o "resultado analítico adverso" em exame antidoping. O teste foi realizado após o empate entre Argentina e Peru, pela eliminatória da Copa do Mundo da Rússia. O médico da seleção peruana, Julio Segura, garantiu que Guerrero tomou remédios para gripe, sem problemas com doping.
"Ele teve um processo gripal, inclusive, teve uma inflamação na traqueia, mas pudemos recuperá-lo graças ao esforço que teve. Recebeu medicação, com antibióticos e analgésicos. Remédios que não têm nenhum problema com o doping", afirmou o especialista, também à Rádio Nacional.
José, pai de Guerrero, quer que o corpo médico apresente dados sobre o tratamento do jogador, suspeitando que o jogador recebeu alguma substância proibida através de uma injeção que o atacante tomou para combater a mucosidade nas vias aéreas, que dificultava a participação em treinos antes do jogo com a Argentina.
"Suponho, mas não afirmo, que aplicaram efedrina. Essa substância está permitida, mas não em uma quantidade maior que dez microgramas. O médico deve ter seu relatório para dizer cada coisa que ministraram", declarou o pai de Guerrero.
O pai de Guerrero garantiu que o filho não tomou nada sem a permissão da equipe médica da seleção peruana e que nunca fez uso de cocaína ou maconha. Ainda especulou que pode haver alguém que não quer que o Peru vá ao Mundial.
"Ele me disse que isso é uma mentira. Ele não conhece nem cocaína, nem maconha, nem nenhuma droga social. Pode ser que haja alguém que não quer que o Peru vá ao Mundial. Tudo é possível", afirmou.