Flamengo's Everton Riveiro celebrates with the trophy after winning the Copa Libertadores final football match by defeating Argentina's River Plate, at the Monumental stadium in Lima, on November 23, 2019. (Photo by CRIS BOURONCLE / AFP) - AFP
Flamengo's Everton Riveiro celebrates with the trophy after winning the Copa Libertadores final football match by defeating Argentina's River Plate, at the Monumental stadium in Lima, on November 23, 2019. (Photo by CRIS BOURONCLE / AFP)AFP
Por Venê Casagrande
Rio - A Conmebol lançará nesta terça-feira uma série especial sobre a conquista do Flamengo na Libertadores 2019. O documentário, chamado "A Glória Eterna" e exibido através do Facebook, é dividido em seis episódios, com dois sendo lançados a cada semana. Em entrevista ao Jornal O Dia, o diretor da série, Ricardo Taves, contou detalhes do material produzido.
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Confira a entrevista na íntegra:
Trabalhar na altitude contra San Jose, fora de campo, também incomoda?

"Eu não estive nessa partida, mas já trabalhei em Oruro e em outras cidades altas. Incomoda um pouco, mas dá pra levar tranquilo. E as equipes estão cada vez mais preparadas para a situação. Tanto que o Flamengo foi lá e ganhou."
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Não é muito falado, mas o pênalti do Diego Alves antes do intervalo contra a LDU foi muito importante. Lembra como foi esse momento nos bastidores?

"A gente coloca esse lance na série, no primeiro episódio. O Flamengo passou por várias provações durante a CONMEBOL Libertadores e essa foi uma delas. Foram coisas importantes para construir o caminho do time, ainda mais contra a LDU, que é um adversário duro. Nesse dia tínhamos uma câmera dentro do campo gravando, foi um dos primeiros materiais da série. É especial para a nossa produção."

Na derrota para o Penarol, você crê que passou um filme na cabeça das pessoas envolvidas ou seguiu a confiança?

"Eu acho que sim. E nós falamos disso, é uma gangorra. Sobe e desce. O mesmo Maracanã que entregou a derrota para o Peñarol trouxe o 6-1 contra o San José. Quando tudo parecia perfeito, a última rodada ainda podia eliminar o time. Até então o Flamengo tinha três confrontos contra o Peñarol na história da competição e três derrotas. Conseguiu o empate, classificou e deixou o primeiro pesadelo pra trás."

E no empate que garantiu a classificação no Uruguai. A expulsão do Pará. Toda aquela tensão... Como foi?

"É como contei antes, foi vencer um trauma. O momento do time era delicado, o Peñarol é uma equipe super tradicional e o histórico todo jogava contra. O alívio veio, mas foi momentâneo. As oitavas reservavam emoção."

Reação pós-derrota pro Emelec.

"Ali acho que todos viveram a eliminação de perto. Foi consenso em todas as nossas entrevistas que a eliminatória contra o Emelec foi o ponto de virada. Todos sentiram medo, foi uma derrota difícil. 2-0 é um placar terrível para reverter."

Festa da torcida no Maracanã contra Emelec.

"É o primeiro grande clímax da série, a catarse após os pênaltis, o alívio por chegar às quartas de final. Jesus declara na série que mudou o ponto de vista dele sobre a competição. Bruno Henrique garante que ali mudou o patamar da equipe. É um ponto de virada."

Duelo contra o Grêmio.

"É o episódio mais longo da série, até pela tensão dos jogos e o placar elástico no segundo jogo. Foi realmente histórico, uma goleada e contra uma equipe tradicionalíssima. Mostrou todo o potencial daquele campeão que se construía jogo a jogo. Temos muitos detalhes, uma imagem emblemática antes do primeiro jogo entre Jesus e um torcedor gremista." 

Final. Teve alguma coisa que não pode estar no documentário por algum motivo, mas que queria que estivesse e que possa contar?

"Acho que não. Eu queria ter mais câmeras apontadas para o lugar certo, mas é impossível prever um jogo de futebol e temos que estar de olho em tudo. Nossa captação foi muito feliz. A final está dividida em três episódios: no 4 vivemos o pré-jogo, no 5 falamos do River Plate e no último vem a redenção rubro-negra. Estávamos no Maracanã também e esse contraste é muito legal. Se eu pudesse escolher qualquer coisa queria que o Gabigol tivesse corrido para o outro lado na comemoração, que eu teria uma imagem ainda melhor (risos). Entendi que encontramos o tom e o torcedor do Flamengo guardará ainda mais na memória."