Richarlison, o camisa 10 do BrasilLucas Figueiredo/CBF
O Brasil, que vencera na primeira rodada a Alemanha, divide a liderança do Grupo D com a Costa do Marfim. Ambos somam quatro pontos, mas os brasileiros levam a melhor no saldo de gols.
Para encerrar a fase de grupos, a seleção brasileira encara na próxima quarta-feira, às 5h (de Brasília) a Arábia Saudita, rival mais frágil tecnicamente da chave. O jogo será na cidade de Saitama. No mesmo dia e hora, os marfinenses enfrentam os alemães em Miyagi.
Qualquer possibilidade de repetir contra os marfinenses a atuação avassaladora exibida diante dos alemães foi sepultada no principio do jogo deste domingo com a expulsão de Douglas Luiz. O volante brasileiro fez falta próxima à área e inicialmente levou o amarelo. Mas o árbitro americano Ismail Elfath reviu o lance no monitor do VAR e decidiu expulsar exageradamente o jogador aos 15 minutos.
O técnico André Jardine sinalizou a entrada de Gabriel Menino, mas desistiu da mudança e manteve a mesma formação, mesmo com um jogador a menos. Com a inferioridade numérica, os atacantes se desdobraram para ajudar o sistema defensivo e a estratégia desenhada foi apostar nos contragolpes.
O Brasil até que se segurou bem. Naturalmente chegou menos ao ataque que o adversário, finalizando três vezes contra sete da seleção marfinense. Os contra-ataques tão buscados começaram a encaixar no fim do primeiro tempo, mas nenhum deles foi aproveitado. As oportunidades mais claras saíram dos pés de Antony em tentativa de cruzamento que virou chute e Claudinho, travado na hora do arremate.
A Costa do Marfim assustou o goleiro Santos em duas ocasiões, mas os africanos, reconhecidos pelo futebol que preza a força física e velocidade e não tanto a qualidade técnica, não acertaram a pontaria. O camisa 10 Diallo foi quem mais tentou pelo lado dos marfinenses, que respeitaram demais os brasileiros e adotaram a cautela, a despeito de jogarem com um a mais durante quase toda a etapa inicial.
Jardine manteve a equipe para o segundo tempo e, embora não tenha havido mudanças de peças, a postura foi diferente. A seleção brasileira retornou melhor do intervalo. Sabendo da passividade do adversário, resolveu atacar e ocupou o campo ofensivo.
Foi difícil, porém, encontrar espaços na zaga dos marfinenses. E nas vezes em que conseguiram, os atacantes brasileiros falharam na finalização. Matheus Cunha, por exemplo, recebeu bom cruzamento de Bruno Guimarães, mas cabeceou no meio do gol.
O Brasil intensificou a pressão a partir das alterações de Jardine, que lançou mão de Gabriel Martinelli, Malcom e Paulinho Daniel Alves ajudou pelo meio na criação e a equipe passou a encontrar mais espaços depois que a igualdade numérica foi restabelecida com a expulsão de Eboue Kouassi aos 34 minutos.
Foram aos menos quatro chances claras no minutos finais. Claudinho arriscou chute de fora da área pra fora, Arana soltou a bomba para a defesa do goleiro marfinense, Paulinho foi bloqueado no momento em que mandaria a bola para as redes e Malcom cabeceou para fora após cruzamento da direita.
A seleção brasileira fez um jogo seguro na etapa final, finalizou mais vezes e não permitiu um arremate sequer da Costa do Marfim. Fica a boa impressão pelo bom segundo tempo em Yokohama.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.