Foi um ciclo olímpico complicado para o campeão da Rio-2016, com poucos resultados expressivos e muitos problemas, como troca de técnico e de clube, perda de patrocinador. Mesmo assim, Thiago Braz não desistiu, conseguiu vaga para a Olimpíada em meio às dificuldades e coroou toda a luta com a medalha de bronze no salto com vara na Tóquio-2020.
"(A medalha) representa uma resiliência. Nada foi fácil pra mim nesses cinco anos, mas me superei e levo essa medalha para o Brasil. Estava confiante para conseguir o ouro, mas fiquei feliz com o bronze", afirmou Braz ao SporTV, revelando que sonhou com a medalha dias antes, mas que teve reação diferente.
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"Dois dias atrás eu sonhei com a medalha de bronze e não gostei muito, porque queria a de ouro. Mas agradeço pela oportunidade de ganhar esse bronze e por tudo o que aconteceu. Na classificação sentia as panturrilhas e nesta final ainda sentia a direita, mas ao longo dos dias recebi alguns sinais pequenos que soavam como luz de Deus, com familiares me dizendo que era possível. Estou muito grato e contente por poder voltar ao pódio".
Após surpreender a todos com a medalha de ouro na Rio-2016, com direito a recorde olímpico (6m03), Thiago Braz e seu então técnico (Vitaly Petrov), no dia seguinte, deram uma coletiva em que falavam sobre o futuro e planejavam o recorde mundial de Sergey Bubka (6m14). Entretanto, o sonho deu lugar ao pesadelo com os seguintes desempenhos ruins que o tiraram da elite do salto com vara, com marcas que variavam entre 5m60 e 5m70. Somente em 2019 alcançou 5m92
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Trocou de técnico (Petrov saiu, mas depois voltou em 2018), foi demitido do Pinheiros com a crise da Covid-19 e ficou longe do pódio em quase todas as competições até mesmo no Pan-Americano. Mas, assim como na Rio-2016, Thiago Braz se superou na hora certa e conseguiu o melhor salto dele na temporada, com 5m87 para garantir a medalha de bronze.
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