Após encaminhar a transferência de Benítez para o São Paulo, o Vasco busca interessados pelo capitão Leandro CastanRAFAEL RIBEIRO/ VASCO

Por MARCELO BERTOLDO
Rio - O prometido processo de reformulação do Vasco começou pela reorganização financeira do clube. Com dívidas avaliadas em R$ 720 milhões, o clube anunciou a demissão de 186 funcionários nesta sexta-feira e deixa claro que o departamento de futebol não está imune. A meta de redução da folha de pagamento no valor de  R$ 4 milhões avançou com a saída de Fernando Miguel, Yago Pikachu e Martín Benítez, em avançada negociação com o São Paulo. Referência do torcedor nos últimos anos, Leandro Castan é o próximo nome na lista de negociáveis.
Para cumprir promessa de pagamento em dia em 2021, a nova diretoria, com a corda no pescoço, financeiramente, calcula que economizará mais de R$ 7 milhões com as saídas anunciadas. E economia com o quadro de funcionários chegará a R$ 40 milhões/ano. O caso de Leandro Castan, no entanto, é tratado com cautela e respeito pela trajetória do camisa 5 na Colina.
Publicidade
Aos 34 anos, o zagueiro tem o segundo maior salário do clube, acima dos R$ 300 mil, e contrato até 2022. Querido pela torcida, Castan não repetiu em 2020 as atuações que lhe renderam a braçadeira de capitão. Após a confirmação do rebaixamento para a Série B do Brasileiro, o próprio jogador foi às redes sociais para se desculpar com o torcedor e reconhecer o rendimento abaixo do esperado.
À espera de propostas, o Vasco trabalha para não desprestigiar o zagueiro. Na condição de reserva, Werley, de 32 anos, vive situação parecida. O salário alto tem afastado os interessados. Após indicar a contratação de Ernando, ex-Bahia, o técnico Marcelo Cabo abriu mão de Marcelo Alves, que voltou ao Madureira, e prometeu valorizar os zagueiros revelados no clube: Ricardo Graça, Miranda e Ulisses.