Das mais de 49 milhões de doses de Coronavac distribuídas, foram registrados apenas 2.760 efeitos adversosButantan / Divulgação

Guapimirim – Uma das discussões atuais acerca da pandemia de coronavírus (Sars-CoV2) é sobre a possibilidade de que pessoas entre 3 e 17 anos sejam vacinadas, ainda mais com o avanço das variantes Delta e Gama no país. O Dia procurou a Secretaria Municipal de Saúde de Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, para saber o que existe de concreto em relação a isso. Por enquanto, a campanha continuará focada no público adulto, tendo como base o Plano Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde. Também não houve nenhuma determinação do governo fluminense para estender a população-alvo.
“Recebi uma matéria ontem, falando que o governo pretende priorizar e antecipar doses ao baixar a idade para se vacinar, mas ainda não temos essa determinação do governo do Estado [do Rio de Janeiro]. Na verdade, queremos vacinar a todos. Estamos ansiosos pela imunização 100%”, disse ao O Dia a coordenadora de Vigilância em Saúde de Guapimirim, Sabrina Santana.
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O PNI priorizou, inicialmente, idosos, pessoas com comorbidades e com deficiência, profissionais da saúde, da educação e da segurança pública, gestantes, lactantes e puérperas e populações indígenas. Posteriormente, a campanha foi estendida ao público sem comorbidades.
Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, a prefeitura pretende imunizar menores de 18 anos, a partir da próxima segunda-feira (23/8), mas isso dependerá do quantitativo de doses entregues pelo Ministério da Saúde. No último dia 10 de agosto, a Secretaria Municipal de Saúde suspendeu a vacinação em primeira dose, por conta do atraso no recebimento por parte do governo federal.
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No Brasil, a única vacina com autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para pessoas entre 12 e 17 anos é a Comirnaty, da Pfizer. Esse imunizante tem permissão definitiva no país.
O laboratório Janssen obteve permissão da agência governamental para iniciar estudos sobre a eficácia do imunizante entre crianças e adolescentes no país. A autorização de uso no público adulto é emergencial.
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No uso emergencial, é preciso sempre pedir autorização da Anvisa para cada novo lote produzido.
Ontem (18), a Anvisa negou ao Instituto Butantan, que produz no Brasil a Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, autorização para ampliar a aplicação desse imunizante em pessoas entre 3 e 17 anos. O pedido foi feito pelo órgão paulista no último dia 30 de julho. Os estudos foram realizados na China com 550 voluntários, e mais de 90% deles tiveram resposta imune. No entanto, de acordo com a agência brasileira, o número de participantes seria insuficiente para concluir sobre a eficácia da Coronavac em crianças e adolescentes.
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A Anvisa destacou os benefícios da Coronavac no enfrentamento à pandemia. Seu uso também é emergencial. Desde sua aprovação, em janeiro deste ano, até o passado dia 16 de julho, foram distribuídas mais de 49,1 milhões de doses. Até a última terça-feira (17), o órgão federal tinha registrado apenas 2.760 efeitos adversos com o uso do imunizante.
Em Guapimirim, são utilizados imunizantes da Coronavac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen. Nesse município, a campanha chegou à população a partir dos 18 anos sem comorbidades. Ao todo, já foram aplicadas 49.858 doses de vacinas, sendo 35.985 em primeira dose e 13.873 em segunda. Com base no total de primeira dose já aplicada, 78,80% de sua população-alvo já receberam vacina, conforme meta de 45.667 pessoas estabelecida pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro.
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Do início da pandemia, em 2020, até essa quarta-feira (18), Guapimirim contabilizou 180 mortes e 5.613 casos confirmados de Covid-19.