Tanto em 2018 quanto em 2020, Guapimirim era comandado pelo então prefeito Zelito Tringuelê.Reprodução/Internet

Guapimirim – Relatório da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), divulgado nesta quinta-feira (21/10), classificou Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, como o mais mal avaliado em gestão fiscal entre os 77 municípios fluminenses – do total de 92 – analisados em 2020. Essa cidade ficou na última classificação do ranking.
Segundo o documento, Guapimirim apresentou um “quadro mais crítico na gestão fiscal (...), além da dificuldade no planejamento financeiro, apresentou baixa autonomia, alta rigidez orçamentária e nível crítico de investimentos”.
O Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) faz uma análise nas contas públicas municipais, com base em relatórios fiscais das próprias prefeituras à Secretaria do Tesouro Nacional (STN). O relatório analisa autonomia, gastos com pessoal, investimentos e liquidez.
Em 2018, outro relatório da Firjan já tinha classificado Guapimirim como a pior cidade em gestão fiscal. Na ocasião, também foram analisadas as prestações de contas de 77 das 92 prefeituras do estado do Rio de Janeiro.
Tanto em 2018 quanto em 2020, Guapimirim era comandado pelo então prefeito Zelito Tringuelê.
As duas análises da Firjan servem para reforçar que os problemas de administração fiscal em 2020 não têm nada a ver com a questão da pandemia de coronavírus (Covid-19).
Quando se candidatou a prefeito em 2016, Tringuelê fez inúmeras promessas aos eleitores, entre elas de que atrairia empresas e investimentos para o referido município. Nada disso avançou de fato e muita gente continuou desempregada. Em vez de priorizar os munícipes, ele inflou a máquina pública com secretários e demais servidores de outras cidades, que não gastariam seus salários no comércio local e que não ajudariam a alavancar a economia local.
Em maio de 2020, parte dos servidores sentiu no bolso o corte de até 50% dos salários. A medida não afetou a todos.
Tringuelê terminou seu mandato sem conseguir quitar integralmente o salário do funcionalismo. A atual prefeita Marina Rocha precisou completar a folha, quando assumiu o Executivo guapimiriense em 2021.