Alguns dos imunizantes utilizados no Brasil contra o coronavírusJohaehn - Pixabay - Creative Commons

Guapimirim – Quantas doses de vacina são necessárias para frear o coronavírus (Sars-CoV-2)? Esse tem sido um questionamento frequente em meio à crise sanitária que assola o Brasil e o mundo. Ainda não há uma resposta concreta, por conta das variantes que surgem. Cientistas pesquisam a eficácia dos imunizantes em diferentes cepas e quantas aplicações seriam necessárias para uma proteção efetiva.
A falta de respostas gera medos e incertezas por parte de quem não suporta mais ficar em casa, em isolamento social, e por aqueles que, mesmo vacinados, acabam sendo (re)infectados.
Ainda não se sabe se apenas três doses são suficientes. De certo, é possível dizer que a imunização ajuda a aumentar a imunidade e evitar casos mais graves da doença. Dos pacientes atualmente internados com Covid-19 pelo país, a grande maioria é de quem nunca se imunizou ou não completou o esquema vacinal de três doses.
Até o presente momento, a terceira dose, também chamada dose de reforço, está liberada para idosos e a população adulta em geral. Os adolescentes já estão na segunda, enquanto que as crianças, ainda na primeira.
Há lugares em que a quarta dose é liberada, como em Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, por exemplo, estando destinada a adultos imunossuprimidos com o HIV, câncer e outras enfermidades crônicas listadas no Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde.
Em Campos dos Goytacazes (RJ), Nilópolis (RJ) e Araraquara (SP), por exemplo, a quarta dose também é aplicada nessa população vulnerável. Já em Volta Redonda (RJ) em Botucatu (SP), essa etapa de imunização passou a incluir idosos a partir dos 70 anos, por conta da nova onda de coronavírus.
Em meio a tantas mudanças sobre intervalos entre as doses, O Dia resolveu fazer uma reportagem sobre o tema.
Em Guapimirim, por exemplo, o intervalo entre a primeira e a segunda dose é de dois meses para AstraZeneca, Janssen e Pfizer. No caso da Coronavac, o tempo é de 28 dias.
O imunizante da Janssen, que até o ano passado era dose única, passou a ter duas aplicações.
Para tomar a terceira dose, é preciso ter tomado a segunda há pelo menos quatro meses. Isso para a população adulta em geral e para todos os quatro imunizantes disponíveis no Brasil. No caso dos imunossuprimidos, o intervalo é de 28 dias.
E para receber a quarta aplicação, o intervalo é de quatro meses em relação à terceira.
Especialistas já dão como certo que o coronavírus se tornará uma doença endêmica, ou seja, típica, como gripe, dengue, zika, febre amarela, entre outras, exigindo vacinações periódicas.
A vacina aplicada na terceira dose costuma ser diferente das duas primeiras. Profissionais de saúde alegam que isso ajuda a melhorar a produção de anticorpos, criando melhor resistência contra o vírus. Mas há casos em que é possível repetir o imunizante das doses iniciais.
Em Guapimirim, quem se vacinou duas vezes com AstraZeneca poderá receber a terceira aplicação com Pfizer ou Coronavac. A Janssen não entra na lista, porque utiliza a mesma tecnologia de adenovírus do imunizante britânico.
Quem se vacinou com Pfizer poderá ter uma terceira dose de qualquer outro dos demais. O mesmo vale para a Coronavac.