Guapimirim – Um homem de 44 anos foi preso em flagrante, em Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, nessa segunda-feira (4/4). Silas Cardoso de Freitas tentou assassinar a ex-esposa, de 37 anos, a pauladas e foi capturado por policiais civis da 67ª DP (Guapimirim) em sua residência na Vila Olímpia, bairro do Segundo Distrito.
Horas antes do atentado, a vítima – cujo nome será preservado – tinha ido à referida unidade policial para denunciar a perseguição por parte do ex-marido. Ela foi encaminhada pelo Centro de Referência de Atendimento à Mulher Vítima de Violência (CRAM) de Guapimirim. Logo após, os agentes fizeram buscas para tentar localizar Silas de Freitas, mas sem sucesso.
Depois de deixar a delegacia, a vítima ligou para o ex-companheiro, perguntando se poderia ir à antiga residência do casal, na Vila Olímpia, para buscar o restante dos pertences pessoais, e ele teria demonstrado calma e autorizado.
Quando a vítima entrou no quintal da casa, Silas de Freitas pegou um pedaço de madeira para agredi-la, não tendo feito naquele instante, porque a mãe dele – uma senhora idosa – apareceu na hora.
Ao entrar na casa, Silas de Freitas começou a dar socos e enfiar os dedos nos olhos da vítima, que saiu correndo para o quintal. Ela tentou telefonar do celular para a polícia, mas o ex-companheiro tomou o aparelho das mãos dela e o jogou dentro de um balde com água.
Em seguida, Silas de Freitas segurou a ex-mulher por um dos braços e começou a bater na cabeça dela com um porrete de madeira com pregos na ponta. Felizmente, a vítima conseguiu fugir e procurar socorro médico no Hospital Municipal José Rabello de Mello, no bairro Bananal.
Funcionários dessa unidade de saúde contataram a 67ª DP (Guapimirim) para informar do atendimento a uma vítima de crime de violência doméstica. Os agentes voltaram a procurar pelo suspeito, mas desta vez o localizaram e o prenderam em flagrante.
A prisão de Silas de Freitas é baseada nos artigos 121 e 14 do Código Penal (Lei nº 2.848/1940).
Breve histórico
Em agosto do ano passado, a vítima já tinha comparecido a essa mesma delegacia para denunciar o então companheiro por crimes de lesão corporal e de ameaça. Na época, ela não pediu medidas protetivas por acreditar que as agressões não fossem se repetir.
Silas e a vítima viveram juntos por 13 anos. Inconformado com a separação, o criminoso passou a ameaçar de morte constantemente a ex-companheira e os dois filhos que tiveram juntos, um adolescente de 12 anos e uma criança de 4 anos.
Silas de Freitas é mais um entre tantos homens que tratam suas ex-mulheres como propriedades. Quando a vítima tentou chamar a polícia para denunciar a tentativa de feminicídio, ele não se intimidou na certeza da impunidade. Solto, ele representa um grave perigo a ela e aos filhos.
O acusado tinha uma empresa individual de transporte de cargas fundada em 2012. No ano de 2018, foi dada a baixa das atividades.
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