A reportagem ocultou o rosto da vítima para preservá-laDivulgação

Guapimirim – Uma mulher de 22 anos, cujo nome não será revelado, moradora de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi violentada sexualmente por um homem com quem marcou encontro pelas redes sociais. O acusado foi preso temporariamente pelos crimes de estupro e de roubo na manhã desta terça-feira (17/5), em Guapimirim, onde reside, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O estuprador se chama Fabrício da Silva Santos, de 29 anos, e foi capturado numa operação conjunta entre policiais civis da 67ª DP (Guapimirim) e policiais militares do Serviço Reservado do Batalhão de Polícia do Choque e do Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) de Guapimirim, que é vinculado ao 34º Batalhão de Polícia Militar (34º BPM).
O crime aconteceu na última quinta-feira (12/5). A vítima mantinha contato com o acusado pela internet. Ela se deslocou de Duque de Caxias a Guapimirim para conhecer o suposto pretendente, mas ao chegar ao local se deparou com Fabrício. Ele havia utilizado foto e nome falsos, adotando um perfil “fake” nas redes sociais. O criminoso abraçou a vítima e a levou, sob ameaça, até a cachoeira do bairro Cotia.
Fabrício Santos estuprou a jovem e roubou o celular dela, sempre ameaçando matá-la se não fizesse o que a ordenara. Câmeras de segurança de estabelecimentos na região registraram o momento em que o abusador passou abraçado à vítima num ato de encenação.
Após o abuso sexual, a vítima foi até a 67ª DP (Guapimirim), no bairro Bananal, para registrar a ocorrência. De acordo com as investigações, ela estava extremamente traumatizada. Ela precisou ser levada ao Hospital Municipal José Rabello de Mello, a poucos metros da delegacia, para ser medicada e tomar tranquilizantes.
Nessa unidade de saúde, foram requeridos exames de praxe para a mulher, que deu início ao tratamento de profilaxia padrão, o que incluiu anticoncepcional, medicações contra doenças venéreas como gonorreia, sífilis, entre outras, além da Profilaxia Pós-Exposição (PEP) – tratamento usado para evitar HIV – e a checagem do esquema vacinal contra hepatites B e C. Depois, ela foi encaminhada ao Serviço de Atendimento Especializado (SAE), mas deverá continuar o tratamento em Duque de Caxias, no município em que reside.
Fabrício dos Santos fugiu após o crime. As imagens de monitoramento das redondezas facilitaram sua identificação, tendo em vista que já é “figurinha” conhecida em outras investigações policiais.
O cerco contra o estuprador ocorreu em sua residência. Ao notar a presença dos policiais civis e militares, ele tentou fugir por um matagal nos fundos da casa onde mora, mas foi capturado. Durante a fuga, ele rolou por uma ribanceira e ficou com algumas escoriações.
O mandado de prisão preventiva de Fabrício dos Santos é de 30 dias, tendo sido expedido pela Vara Criminal da Comarca de Guapimirim no dia 13 deste mês, no dia seguinte ao crime de violência sexual. Ele foi capturado com base nos artigos 213, que trata da prática de estupro, e 157, que prevê crime de roubo, ambos do Código Penal (Lei nº 2.848/1940).
*Ficha criminal*
Como foi dito nesta reportagem, Fabrício dos Santos já é conhecido pela polícia local por conta de outras investigações. Ele possui outra anotações criminais e várias condenações pelos delitos de roubos e estupro contra mulheres e homens.
Ainda segundo as investigações, o modus operandi é similar ao de outros inquéritos em andamento: mantém contato com mulheres utilizando fotografia e informações pessoais falsas, durante o encontro as violenta sexualmente e depois rouba seus smartphones.
Fabrício dos Santos ficou preso por quase um mês, entre 20 de março e 11 de abril de 2019. No dia 1º de novembro do mesmo ano, ele voltou para a cadeia.
De 1º de novembro de 2019 a 18 de junho de 2021, o criminoso ficou no regime semiaberto, com saídas diárias da prisão para supostamente trabalhar. Nesse período, ele praticou alguns delitos, segundo as investigações.
Em junho de 2021, o criminoso obteve liberdade provisória. E desde 6 de maio de 2022, há poucos dias, estava usando uma tornozeleira eletrônica. Não está claro se durante o estupro cometido por Fabrício dos Santos, na semana passada, ele usava ou não a tornozeleira ou se ele a tirou, como também se ele estaria ou não sendo monitorado.