A atividade foi comandada pela fisioterapeuta Carla Marinho e pela técnica de enfermagem Adriana Ivina. Na ação, foram distribuídos panfletos e cartilhas com informações sobre sintomas, transmissão e tratamento da doença. Atualmente, o município de Itaboraí tem 18 pacientes em tratamento de polioquimioterapia (PQT), além de outras dezenas de pessoas em tratamento de reação hansênica.
"A hanseníase, além da pele, ataca os nervos e causa incapacidade física. Se o paciente for diagnosticado ainda no início, a gente consegue reverter o quadro. Por isso é tão importante fazer o diagnóstico precoce e fazer a busca ativa, ou seja, procurar pacientes com manchas, perda de sensibilidade e alteração de nervos. Quanto antes vier, mais chances de ter alta sem sequelas", explicou a coordenadora do programa, Vanesca Temóteo Rodrigues.
Enquanto aguardava atendimento no CESI, a família Santos participou da palestra e considerou fundamental ter acesso à informação para saber identificar a doença. Para Pietra dos Santos, de 23 anos, a apresentação sobre a hanseníase foi esclarecedora.
"Agora sabemos que é muito importante saber diagnosticar o mais rápido possível. Com certeza, é uma iniciativa muito enriquecedora para toda a população", disse a jovem, que estava acompanhada do pais.
Descoberta em 1873, a hanseníase é uma doença infecciosa causada por uma bactéria. O Brasil é o segundo país com maior número de casos do mundo, atrás apenas da Índia. A doença tem cura e o tratamento é gratuito, promovido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Se tratada nos estágios iniciais, a enfermidade não deixa sequelas. Mas, se diagnosticada tardiamente, pode promover danos neurológicos e sistêmicos irreversíveis.
"Todos os agentes comunitários de saúde, médicos e enfermeiros que atuam em Itaboraí já foram capacitados para diagnosticar casos suspeitos da doença e encaminhar para o profissional especializado. Nosso maior inimigo nessa jornada é o preconceito, hanseníase é uma doença que ainda carrega muito estigma", acrescentou a coordenadora.