No Noroeste Fluminense, Firjan inicia mapeamento do potencial de demanda do Gás
Insumo pode ser alternativa até à energia elétrica, que no estado é uma das mais caras do país
O primeiro dos dois encontros – ambos on-line – será com o Noroeste Fluminense nesta quinta-feira (01/07), às 16h. - Foto: divulgação/ Firjan
O primeiro dos dois encontros – ambos on-line – será com o Noroeste Fluminense nesta quinta-feira (01/07), às 16h.Foto: divulgação/ Firjan
Por Lili Bustilho
Regiões com potencial de estarem entre as mais beneficiadas pelo novo Mercado do Gás, o Noroeste Fluminense e Norte começam nesta semana a participar do “Mapeamento de Demanda de Gás”, projeto que a Firjan está realizando em todo o estado do Rio. Para além das termelétricas, o gás natural poderá beneficiar – com energia mais competitiva e acessível para a indústria – desde cerâmicas até panificações, alimentos e bebidas e diversos outros setores. O primeiro dos dois encontros – ambos on-line – será com o Noroeste Fluminense nesta quinta-feira (01/07), às 16h; e na semana que vem, dia 06/07, às 17h, será a vez do Norte Fluminense.
A ideia é identificar o potencial da demanda por gás natural, e, assim, contribuir para estruturar o mercado e chegar ao preço mais acessível possível. Qualquer empresa – de todos os tipos e tamanhos – poderá participar, uma vez que o gás natural pode ser usado em substituição a qualquer insumo – seja carvão, GLP, diesel e a própria energia elétrica, por exemplo, que no estado do Rio é uma das mais caras do país. “Queremos explicitar que realmente existe uma demanda para o gás natural, que o consumidor tem voz e que está esperando por esse insumo. Até agora, tudo que se trabalhou para a aprovação do novo marco legal é voltado para viabilizar competição no lado da oferta de gás”, explica Fernando Montera, coordenador de Relacionamento de Petróleo, Gás e Naval da federação.
A Firjan vai mapear os principais compradores, ofertantes e distribuidores; o volume de demanda, preços, segmentos de consumo, novos projetos e eventuais barreiras ao seu desenvolvimento; a infraestrutura existente e a necessária; e o consumo de combustíveis substitutos. Tudo considerando horizontes de 5, 10 e 15 anos. Com a análise, a Federação busca aproximar o mercado consumidor dos fornecedores de gás. “É uma espécie de Road Show Digital, com essa divulgação do trabalho pelo estado. Estamos em processo de esclarecer eventuais dúvidas dos empresários e realizamos constantemente reuniões com os interessados”, ressalta Montera. O resultado do mapeamento será publicado até o fim do ano.
Os empresários interessados em participar do projeto, devem mandar e-mail para a gerência de Petróleo, Gás e Naval da federação: petroleo.gas@firjan.com.br . Também é possível entrar em contato diretamente com as regionais da Firjan: no Noroeste, os contatos são rr.itaperuna@firjan.com.br ou 3811-9420; e no Norte são rr.campos@firjan.com.br ou 2748-7801.
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No teste do mapeamento, a demanda atual pesquisada está em 0,68 milhão de m3/dia; o potencial é de aumentar para 1,18 milhão de m3/dia nos próximos 5 anos e para 10,5 milhões de m3/dia em 10 anos. O preço de viabilidade apontado pelos empresários foi de US$ 6 por milhão de BTU daqui a 5 anos e de US$ 5 por milhão de BTU em 10 anos.
O Norte Fluminense, pelo mercado de Petróleo e Gás, e o Noroeste Fluminense, pela proximidade, poderão estar entre os maiores beneficiados. Tanto que antes mesmo de ser sancionado em abril deste ano, o Marco Legal do Gás já começou a atrair investimentos: três multinacionais, incluindo a Petrobras, anunciaram a instalação de uma plataforma no pré-sal da Bacia de Campos, que terá gasodutos interligados ao Terminal Cabiúnas, em Macaé – a chamada Rota 5, que poderá atrair um total de 12 termelétricas e diversificar a indústria regional. Além disso, o Porto do Açu busca licenciamento ambiental para a construção de um novo gasoduto para atender a usina termelétrica GNA II.
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