MACAÉ - Um estudo recentemente publicado pelo Grupo Multidisciplinar da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) está oferecendo uma nova visão sobre a velocidade do contágio e a letalidade do coronavírus em Macaé. O artigo utiliza os dados coletados entre os dias 21 e 27 de março, dos covidímetros do Estado do Rio de Janeiro, cidades do Rio de Janeiro, Niterói, Nova Iguaçu, Macaé, Duque de Caxias e Regiões de Saúde com base de informações recebidas no dia 2 de abril.
O relatório da UFRJ aponta que Macaé apresenta o menor índice de contágio no comparativo às outras cidades apontadas no estudo, sendo incluída na faixa amarela (risco moderado) no covidímetro de letalidade e reprodução da doença. Essa queda é considerada pelo prefeito Welberth Rezende como indicador positivo das ações de enfrentamento à pandemia, adotadas na cidade.
“A nossa perspectiva é positiva, tanto pelos números identificados por nós no CTC, quanto pelos dados do relatório da UFRJ que indicam que estamos no caminho certo. Porém, o cenário ainda é de muitos óbitos e de alta na taxa de ocupação de leitos. Por isso, não medidos esforços em atuar na causa, adotando medidas de restrição, agindo também na consequência, que é reforçar a assistência aos pacientes graves da Covid-19”, apontou o prefeito, destacando que o trabalho realizado até agora, fez com que o sistema de saúde em Macaé, não colapsasse.
“É preciso lembrar que, apesar de todo o Estado estar em colapso, aqui em Macaé estamos conseguindo garantir um tratamento adequado a todos os moradores. Para se ter ideia, enquanto em cidades como Campos há filas de pacientes esperando por um respirador, aqui em Macaé ninguém ficou até hoje sem vaga de UTI. Desde janeiro praticamente dobramos nossos leitos de CTI, abrimos mais dois centros de Triagem e já estamos em processo de abertura de mais 30 leitos de enfermaria e mais 15 de UTI. Não queremos e nem vamos negar a gravidade desta pandemia que tem levado a óbito muitos macaenses. Mas não reconhecer os esforços dos servidores da saúde que estão dando seu sangue para nos manter seguros seria injusto”, destacou Welberth Rezende.
As informações apresentadas no estudo relacionados aos casos de Covid-19 são resultado do uso de modelos matemáticos que utilizam os dados de notificação da doença extraídos das bases do e-SUS NOTIFICA e SIVEP-Gripe e, portanto, podem conter imprecisões em função da disponibilidade, atualidade e qualidade dos dados, que são de responsabilidade das secretarias de saúde dos municípios e do estado do Rio de Janeiro.
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