Raquel, de 11 anos, não resistiuReprodução

Rio - A escola de samba Em Cima da Hora não enviou representante ao depoimento marcado para a tarde desta quinta-feira (28), na 6ª DP (Cidade Nova), sobre o caso da morte da  menina Raquel Antunes, de 11 anos, atropelada por um carro alegórico da agremiação de Cavalcante no primeiro dia de desfiles da Série Ouro. 
De acordo com informações do RJTV, da TV Globo, a Em Cima da Hora alegou que o motorista que deveria prestar depoimento nesta quinta-feira não foi encontrado. A escola informou ainda que não vai se pronunciar publicamente sobre o caso.

A Polícia Civil informou que até o momento oito pessoas já compareceram à DP para prestar depoimentos. O acidente aconteceu em uma das saídas da dispersão do Sambódromo, na Rua Frei Caneca. A criança teria subido no carro enquanto a mãe estava distraída. O veículo passou em um trecho estreito e as pernas da menina foram prensadas contra um poste. Raquel foi levada ao Hospital Souza Aguiar e teve um dos membros inferiores amputado. Mas a menina não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu.

Ainda de acordo com o RJTV, para a próxima segunda-feira (2) está sendo aguardado para prestar depoimento na 6ª DP Wallace Palhares, presidente da Liga-RJ, entidade responsável por organizar os desfiles da Série Ouro. 
O presidente administrativo da Escola de Samba Em Cima da Hora, Heitor Fernandes, que prestou depoimento na segunda-feira passada (25), disse que contratou um reboque 'de boca' no fim do desfile porque o carro alegórico era "pesado".

Ele também afirmou que as alegorias do carro estavam avaliadas em R$ 6 mil e não teve integrante algum da escola para acompanhar como guia no percurso da dispersão. O DIA apurou que o carro reboque tinha um motorista no interior, chamado Pedro, e que o advogado de Heitor se comprometeu a apresentá-lo para ser ouvido, além do contrato anterior firmado entre a escola e a Liga-RJ.