Gabriela reside na cidade de Niterói desde 2013, onde fundou o Centro Cultural Jardim das Artes.
Gabriela reside na cidade de Niterói desde 2013, onde fundou o Centro Cultural Jardim das Artes.Imagem Arquivo Pessoal
Por O Dia
Niterói - A atriz Gabriela Linhas assume a direção do “Niterói Artes Cênicas”, selo criado nesta gestão pela Secretaria Municipal das Culturas | Fundação de Arte de Niterói. Pensado pelo presidente da FAN, Marcos Sabino, a princípio como mecanismo de diálogo com a classe, o Selo está sendo elaborado por Gabriela, que entende a relevância do seu papel também no desenvolvimento do setor artístico e da cidade.
O objetivo é estimular o desenvolvimento das artes teatrais e circenses no município. Entendendo o Teatro como uma ferramenta de transformação pessoal, social e política, pretende incentivar a pesquisa e o desenvolvimento de linguagens cênicas, voltado aos artistas e à população niteroiense. Uma das prioridades do Selo é a criação de um curso municipal profissionalizante, que faça da arte um instrumento de resgate social usando o artista como intercessor de integração e valorização pessoal, incentivando não só o ator, como também toda a parte técnica.
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“O Teatro, como uma das principais e únicas artes efêmeras, tem o poder de reunir todas as outras manifestações artísticas. A música, como condutora de sentimentos. A expressão corporal, a dança e o movimento nas formas de diálogo cênico. A poesia e o poder da linguagem falada. As artes plásticas nos cenários, figurinos e iluminação. Além da multiplicidade artística como elemento principal: o ator, o humano”, explica Gabriela Linhares.
Entendendo o potencial cultural de Niterói, o projeto Artes Cênicas será votado à sociedade. Além de amparo à classe, o Selo proporcionará um teatro que represente a cidade e trabalhe por ela. A necessidade de proporcionar empregabilidade à classe, assim como a formação de plateia, é uma busca no âmbito nacional. “Acreditamos que Niterói pode ser um exemplo para o Brasil, com a abertura de novas frentes para a cultura e o desenvolvimento das artes”, diz a diretora.
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A relação ator-plateia deve ser entendida profissionalmente, visando à qualidade artística do material oferecido ao niteroiense. Uma das preocupações do Selo é viabilizar espetáculos de qualidade e reconhecimento, de modo que o artista seja remunerado de forma digna pelo seu ofício.
Pensar em um local para desenvolvimento, pesquisa e mostras das artes circenses em Niterói, visto que a cidade tem grande número de artistas de circo que precisam de estímulo e políticas específicas.
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A criação de oficinas e laboratórios para reciclagem das companhias e a troca de conhecimento se fazem necessários para o incentivo à educação e à pesquisa. O intercâmbio com companhias de outras cidades e de outros países é um dos projetos para incentivar o artista a renovar sua linguagem e estimular a vocação de Niterói como vanguarda cultural.
A concepção da Direção de Gabriela Linhares é de uma construção participativa e dinâmica. O Selo, mais do que dialogar com a classe, será um grande incentivador do setor, pensando em economia criativa e colaboração com outras secretarias, de modo a formular projetos para melhor comunicar e atender às demandas sociais.
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Neste período de pandemia, estão sendo feitas reuniões e buscadas parcerias para realização de projetos viáveis ao momento, mas tendo sempre em vista a retomada da cultura em Niterói.
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Sobre Gabriela Linhares:
Gabriela Linhares é atriz, diretora, dramaturga, educadora e produtora cultural. Pisou no palco aos 6 anos no ballet clássico. Aos 13 começou a fazer teatro profissional. Estudou ballet clássico até os 16 e técnica de Martha Graham dos 17 aos 21 anos. Aos 18, ingressou na faculdade de Artes Cênicas da UFRGS, onde foi presidente do Diretório Acadêmico por dois anos.
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Dedicou-se como arte-educadora dos 17 aos 21, inclusive em trabalhos sociais nas comunidades e FEBEM de Porto Alegre.
Mudou-se aos 22 anos para o Rio de Janeiro para trabalhar na TV Globo. Continuou o curso de Artes Cênicas e formou-se em interpretação teatral na UNIRIO em 2001. Desde então, está há 22 anos no estado do Rio de Janeiro atuando nas áreas de TV, cinema e, principalmente, teatro.
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Criou a Companhia Duplô em 2002, da qual é diretora, dramaturga e atriz. A companhia possui uma diretriz artaudiana e dedica-se ao teatro contemporâneo com um forte trabalho corporal e ritualístico. Desde a fundação, vem se aprofundando no estudo do teatro das sensações e desenvolvendo uma linguagem própria, denominada "Teatro Sinestésico".
Reside na cidade de Niterói desde 2013, onde fundou o Centro Cultural Jardim das Artes.
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Como arte-educadora, desenvolve laboratórios de pesquisa cênica, desde 2014, em Niterói, Rio e Minas Gerais; oficinas e pesquisas de teatro e cinema, de 2006 a 2012, em Belo Horizonte - MG, diversos cursos livres de teatro e cinema, entre os anos de 2003 e 2008, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul; ministrou aula de interpretação para cinema com o cineasta Fábio Barreto, em Porto Alegre, Rio de Janeiro e Florianópolis, de 2000 a 2003; ministrou aulas de teatro na Escola Assunção, em Porto Alegre, de 1991 a 1992.
Idealizou diversos projetos sociais realizados nas comunidades Souza Soares, Tenente Jardim e Morro da Penha, em Niterói; Rocinha, Prazeres e Babilônia, no Rio; Restinga e Morro da Conceição, em Porto Alegre.
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Em Niterói, ajudou a desenvolver o Projeto Semente com o então Secretário de Cultura, Arthur Maia, onde atuou também como professora de teatro/arte (2015/2016).