Denise Rivera, assessora especial da SEPOL
Denise Rivera, assessora especial da SEPOLImagem Divulgação
Por O Dia
Niterói - O Posto Regional de Polícia Técnico-Científica (PRPTC) de Niterói iniciou uma série de palestras educativas sobre os atendimentos médico-legais para vítimas de violência sexual e agressão física. A ação faz parte do projeto que visa oferecer uma formação aos profissionais para humanização do acolhimento.
A palestra realizada na manhã do último sábado (15) discutiu a experiência obtida com o projeto Sala Lilás, que foi inaugurado na unidade em agosto de 2020 através de uma parceria entre as prefeituras de Niterói e Maricá, o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) e a Polícia Civil. O espaço é voltado para mulheres e crianças que sofrem agressão física ou violência sexual e oferece acolhimento humanizado, direcionando as vítimas para realização de exames e atendimentos hospitalares.
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De acordo com o diretor do PRPCT, Thiago Vilar, essa é a primeira palestra de uma série de outras que serão realizadas com objetivo de capacitar todos os profissionais para atuarem diretamente com as vítimas.
“A Sala Lilás é toda adapta e conta com profissionais preparados para lidarem com as vítimas. O nosso objetivo com essas palestras é que eles possam compartilhar as suas experiências com os demais servidores da unidade para que nós possamos ter, desde chegada da vítima ao nosso posto, um processo de acolhimento mais humano e correto, fazendo com essa vítima se sinta segura e acolhida em nosso espaço”, afirma.
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Atualmente, a Sala Lilás conta com psicólogos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e assistentes sociais que lidam diretamente com as vítimas que são encaminhadas ao local. Com uma decoração especial, o espaço oferece um ambiente e abordagem diferenciados com objetivo de diminuir a sensação de insegurança, medo e fragilidade das vítimas que sofreram com as agressões.
Servidor do PRPCT, Cloude Jacques Chambriard, um dos palestrantes do ciclo de formações educativas, destacou a importância dessas ações para capacitar os profissionais da unidade.
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“Um dos objetivos da palestra é mostrar a evolução histórica do tratamento da mulher na lei, passando desde lei Maria da Penha até o nascimento das Delegacias de Atendimento às Mulheres (Deam), mostrando como as nossas noções de acolhimento às mulheres nesses espaços policias foram evoluindo ao longo do tempo. Quando a gente consegue entender essa perspectiva histórica, conseguimos compreender mais facilmente a importância do trabalho que realizamos”, afirma o especialista.
O projeto da Sala Lilás do PRPCT de Niterói é o segundo implementado em todo o estado, depois do posto da Leopoldina, no Rio. De acordo com Denise Rivera, assessora especial da Secretaria de Polícia Civil do Estado do Rio, o objetivo é que o projeto possa ser expandido para outros municípios.