A cantora Zélia Duncan será uma das atrações do evento que vai comemorar os 100 anos do Partido Comunista do Brasil.Reprodução

Com mais de 20 atrações gratuitas a comemoração dos 100 anos do Partido Comunista do Brasil promete bombar. Além de várias atrações a festa, que vai acontecer no Caminho Niemeyer, também terá Moacyr Luz com o Samba do Trabalhador, forró, afoxé, música eletrônica e apresentações da cultura popular. A cidade de Niterói receberá uma festa única das esquerdas no país com atividades culturais e políticas nos dias 25 e 26 de março.
Gratuito, o Festival Vermelho é realizado pelo PCdoB e a Fundação Maurício Grabois. As atrações musicais, serão divididas entre dois palcos no belo espaço do Caminho Niemeyer, às margens da Guanabara e com grande estrutura para receber as caravanas de diversos estados e o público em geral do Rio de Janeiro.
Além dos shows, haverá mostra de cinema, lançamento de livros, debates, feira gastronômica, encontros e intercâmbios diversos entre todos e todas que querem fazer florescer a esperança.
Confira a programação musical do festival:
PALCO PRAÇA DO POVO
Principal espaço de shows do festival, o Palco Praça do Povo terá o encontro de grandes nomes da música brasileira com a mistura de rap, samba, rock, MPB, uma lista de artistas comprometidos e comprometidos com as lutas do povo ao longo de muitas gerações. Com 30 metros de comprimento, face voltada às curvas do Teatro Popular Oscar Niemeyer e perfil alinhado à pintura monumental da paisagem da cidade do Rio de Janeiro, o palco será o dínamo de alguns momentos de maior catarse e emoção durante a festa.
25 de março (sexta)
21h
Zélia Duncan
BNegão
Francisco El Hombre
Mart’nália
DJ Saddam
VJ Chico Abreu
26 de março (sábado)
21h
Mulheres na Roda de Samba de Niterói
Candongueiro + Moyseis Marques
Moacyr Luz e Samba do Trabalhador
Leci Brandão
DJ Marcelinho da Lua
ARENA BRASIL - PALCO MEL GOMES
Situado no foyer inferior do Teatro Popular Oscar Niemeyer, a Arena Brasil – Palco Mel Gomes leva o nome e a alegria de uma grande militante da juventude comunista no Rio de Janeiro, negra, lésbica, defensora da cultura e das causas populares. O palco terá repentistas, hip hop, roda de rima, afoxé, forró, fanfarra, capoeira, chorinho, uma ocupação permanente com a pulsação viva das muitas veias artísticas do Brasil. Mel lutava contra um câncer e foi mais uma vítima da pandemia do coronavírus.
25 de março (sexta)
17h
Afoxé Filhos de Gandhi (RJ)
Coral Guarani da Aldeia Mata Verde Bonita de Maricá
Trio de forró Rapacuia
Cecília Beraba canta Jorge Mautner
Sinfônica Ambulante
DJ Jef Rodriguez e convidados
26 de março (sábado)
10h
Roda de Mestres e Mestras de Capoeira
DJ Will, participação Gaboard, Mari Torquato e Xamec
13h
Roda de Rima com MCs
Durango Kid
DJ Will, participação Gaboard, Mari Torquato e Xamec
18h
Jongo da Serrinha
Choro na Rua
Roda de Partideiros
DJ Will e convidados
INSPIRAÇÃO INTERNACIONAL
Inspirado em outras grandes festas da esquerda internacional, como a Festa do Avante (Portugal), a Fête de L’Humanité (França) e a Fiesta de Los Abrazos (Chile), o Festival Vermelho é uma grande celebração das ideias progressistas, celebrando a resistência e a alegria daquelas e daqueles que lutam por um mundo mais justo, igualitário, com diversidade e sustentabilidade.
Reunindo diversas gerações da militância e também o público em geral, o festival é um convite a pensar novos futuros para o Brasil e o planeta, em um momento de grandes desafios e contradições do sistema político, econômico e social vigente.
100 ANOS DE PARTIDO COMUNISTA
No dia 25 de março de 1922, nove pessoas se reuniram, de forma clandestina, em uma casa na rua Visconde do Rio Branco, na cidade de Niterói, para fundar um movimento que transformaria para sempre a história política do Brasil. Com um pequeno grupo de trabalhadores, entre barbeiros, eletricistas, sapateiros, alfaiates, e que contava também com o jornalista e intelectual Astrojildo Pereira, nascia a Seção Brasileira da Internacional Comunista, o Partido Comunista do Brasil, que logo se espalharia por todo o território brasileiro em um movimento de massas.
Foi o primeiro partido nacional do país, em uma época em que a política se organizava apenas regionalmente, com o poder do coronelismo, dos mandos e desmandos das elites rurais e urbanas. Um marco para a transformação do ambiente de opiniões e disputas daquele período, que ecoa até hoje no cenário político e social.