Por bianca.lobianco

Rio - A Polícia Militar segue ocupando, nesta quinta-feira, o conjunto habitacional do programa “Minha Casa, Minha Vida”, em Guadalupe, que foi invadido por cerca de 200 famílias. De acordo com o comandante do 41º BPM (Irajá), tenente-coronel Luiz Carlos Leal, um veículo blindado foi colocado no local, mas não há planos para uma operação policial. Segundo Leal, o clima é tranquilo no condomínio e a PM aguarda apenas a decisão judicial sobre o caso para prosseguir com a desocupação.

"Nós não íamos fazer uma operação na comunidade colocando em risco a vida das pessoas. Há muitos idosos e crianças naquele local. Nós queremos fazer tudo da melhor maneira possível para evitar o confronto com pessoas que são pobres, estão ali por necessidade. Mas precisamos que as pessoas entendam que existem outras pessoas também necessitadas e cadastradas no programa e que esperam por aqueles imóveis", esclareceu o comandante.

Justiça do Rio determina a reintegração de posse de conjunto em Guadalupe

'Eles são vagabundos. Não vamos cadastrá-los', diz Paes sobre invasores

Polícia abre inquérito para apurar invasão de criminosos a conjunto habitacional

O condomínio do programa social 'Minha Casa%2C Minha Vida'%2C em Guadalupe%2C na Zona Norte%2C tem 11 edifícios e foi invadido no último domingo por bandidos armadosCarlos Eduardo Cardoso / Agência O Dia

Nesta quarta-feira, o prefeito do Rio Eduardo Paes falou sobre a invasão do conjunto habitacional ocupado na noite de domingo, em Guadalupe, na Zona Norte. Segundo Paes, a polícia precisa agir para retirar os invasores, que classificou como malandros e vagabundos. Ele disse ainda que não fará cadastro das famílias que estão no Residencial Guadalupe.

Paes afirmou que a prefeitura tem trabalhado em programas habitacionais e que já construiu 60 mil casas vinculadas ao ‘Minha Casa Minha Vida’, do governo Federal. Segundo o prefeito, se os invasores quiserem ser contemplados com residências precisam se cadastrar nos programas sociais. “Vamos continuar cadastrando de maneira ordeira as pessoas nos programas da prefeitura. Mas invasão tem que ter ação da polícia e não pode esperar ação judicial, tem que agir”, protestou o prefeito.

O prefeito acredita que o local tenha sido ocupado por influência do tráfico de drogas e disse que existe uma indústria de ocupação no Rio. E cobrou ação policial. “Aquilo ali é casa para pessoas humildes que se inscreveram no programa Minha Casa Minha Vida. Não é coisa de vagabundo e (invasor) tem que ser tirado. Ter traficantes ali é uma prova de que há uma indústria de ocupação. Tem que ter ação da polícia. É programa para o povo pobre e não para malandro travestido de pobre. Não vamos deixar mais um território para o tráfico”, disse.

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