Rio - A Justiça do Rio negou o pedido de liberdade a Saílson José das Graças, de 26 anos, que confessou ter matado 43 pessoas - sete foram confirmadas - na Baixada Fluminense, e Cleusa Balbina de Paula, que era sua companheira e que chegou a ser cúmplice em um dos crimes. Na decisão, o juiz Alexandre Guimarães Pinto, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, ressaltou a periculosidade de Saílson, lembrando que "se trata de paciente ao qual se imputam delitos graves, aos quais são previstas penas elevadas". Ele justificou ainda a sua decisão, afirmando que a manutenção da prisão é para "evitar-se tentativa de fugir das conseqüências da grave conduta delituosa".
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Conhecido como 'Mostro de Corumbá', Saílson foi preso em flagrante no dia 10 de dezembro, depois de matar Fátima Miranda a facadas em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Na ocasião, ele confessou à polícia ser um assassino em série: foram mais 42 assassinatos cometidos por ele. Segundo Saílson, todos os crimes foram nos últimos nove anos, sendo 38 mulheres, três homens e uma criança. Com frieza, ele chegou a relatar a sua perversidade e a forma como matava as vítimas.
Todos os crimes foram cometidos na Baixada Fluminense. Na época da prisão, o delegado responsável pelo caso, Pedro Medina, da Divisão de Homicídios (DH) da Baixada Fluminense, justificou a liberdade do criminoso pelos assassinatos terem sido registrados em várias delegacias distritais e em períodos diferentes.
Com a justificativa de reduzir os assassinatos e centralizar as investigações - para a elucidação de casos como o de Saílson -, no Rio, a Secretaria de Segurança criou o Departamento de Homicídios. A promessa é que casos como do serial killer da Baixada possam ser descobertos antes que o criminoso aja em série.