Por paulo.lima

Rio - Cerca de 200 garis realizam uma nova manifestação, na manhã deste sábado, em frente à sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova. A passeata começou por volta das 11h30 e manifestantes em carros de som falam sobre a continuidade da greve e denunciam a presença de integrantes partidos políticos na manifestação. Não houve registro de confusão até o momento e a assembleia dos trabalhadores vai decidir se haverá uma passeata nesse sábado.

Guardas municipais asseguravam trabalho de garis no Centro. Na Lapa%2C empresa particular vigiava coletaMauro Pimentel / Agência O Dia

GALERIA: Garis fazem protesto em frente à sede da Prefeitura

Segundo o presidente do Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação, Luciano Araújo, a determinação é que se cumpra a decisão judicial imposta pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de 75% do contingente trabalhando. Porém, Luciano não soube especificar quantos garis estão trabalhando. "Agora, a greve vai continuar até o julgamento, mas precisamos respeitar a decisão judicial", disse o líder sindical.

Cerca de 200 garis fizeram manifestação em frente à Prefeitura%2C na Cidade NovaFabio Gonçalves / Agência O Dia

Sobre as reivindicações do ano passado, que exigiram 37% de aumento, Luciano informou que o reajuste foi apenas para o piso salarial da categoria, que atingiu R$ 1.100. "Ano passado o aumento não foi para todos. Agora queremos 40% de reajuste para todos os trabalhadores", declarou o presidente do sindicato, que também admitiu que o movimento desse ano tem menos engajamento que o do ano passado.

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Segundo ele, a situação econômica que o país e o estado do Rio de Janeiro estão passando contribui para a diferença e deu exemplo dos trabalhadores do Comperj, que sofreram com demissões em massa e atraso de salários. "Veja a situação dos trabalhadores do Comperj, milhares de trabalhadores foram demitidos. Como a economia não vai bem, os empregados temem por seus empregos", disse.

Após garis entrarem em greve%2C caminhões da Comlurb são escoltados para garantir recolhimento do lixo acumulado nas ruasFoto%3A Fabio Gonçalves / Agência O Dia

A greve começou à 0h de sexta-feira. Segundo o Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação, a categoria está paralisada pois a proposta de 47,7% foi negada, enquanto a Comlurb ofereceu um reajuste de 3%. Além disso, os grevistas pedem um reajuste no vale-refeição de R$ 20 para R$ 27.

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