Por paulo.gomes

Rio - Sete policiais militares participam nesta sexta-feira da reconstituição da morte do antigo comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Nova Brasília, Uanderson Manoel da Silva, que aconteceu em setembro do ano passado, no Complexo do Alemão. A ação começou por volta das 12h e a mãe do policial, Maria Glória da Silva, e a viúva, a capitã da PM, Bianca da Silva, estão no local.

Fotogaleria: Polícia Civil faz reconstituições simultâneas de mortes no Alemão

DH mobilizou 120 policiais%2C oito delegados e 10 peritos para as três reconstituições no Complexo do Alemão%2C nesta sexta-feiraCarlos Moraes / Agência O Dia

"É muito triste ter que voltar no local onde ele morreu. Passou um filme por tudo que eu vivi e tudo que eu vou viver. Temos uma filha de 8 anos e ela vem apresentando comportamento diferente desde a morte do pai. Ela tem medo que aconteça a mesma coisa comigo", afirma Bianca.

A Divisão de Homicídios (DH) da Capital também realiza simultaneamente outras duas reconstituição na comunidade: a de Elizabeth de Moura Francisco, de 41 anos, morta no dia 1º desde mês e do garoto Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos, morto no dia seguinte.

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"A minha dor é a mesma da mãe do Eduardo, da filha da Elizabeth. Todos somos vítimas da cultura da violência", diz a viúva do comandante.

A mãe do policial militar esteve aonde ele foi morto e fez uma oração no local. "Pedi para que Deus encaminhe o espírito dele. Quero ver o culpado condenado, ele vai ter que pagar. Era meu único filho homem. Não quero que outras famílias sofram", desabafou.

O capitão Uanderson Manoel morreu durante o confronto entre policiais e traficantes no dia 11 de setembro do ano passado, na localidade conhecida como "Largo da Vivi". As investigações apontam que a morte do policial pode ter acontecido após um tiro acidental efetuado por outro PM.

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