Sindicatos publicam nota sobre casos positivos de Covid-19 em duas escolas de Friburgo
Sepe e Sinpro mantém repúdio ao retorno das aulas presenciais no município
O Sindicato dos Professores de Nova Friburgo e Região (Sinpro) e o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) publicaram uma nota nesta quarta-feira (19/05) sobre os casos positivos de Covid-19 registrados em duas unidades escolares particulares do município uma semana após o retorno das aulas presenciais. De acordo com os sindicatos, medidas estão sendo tomadas para garantir o cumprimento das medidas sanitárias e, principalmente, a suspensão das aulas durante um período de quarentena e higienização.
Ainda de acordo com os sindicatos, apesar do retorno, ainda está mantido o repúdio, uma vez que a volta das atividades presenciais também em escolas da rede municipal acabam por ampliar exponencialmente as chances de contaminação: “Após a primeira semana de retorno das atividades presenciais em escolas de Nova Friburgo, já há confirmação de pelo menos duas unidades particulares com casos positivos de Covid-19 em funcionários que estiveram junto a outras pessoas (estudantes, professores, auxiliares etc), todos os quais agora encontram-se sob risco eventual junto de suas famílias”, começa a nota.
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No comunicado ainda são feitas duas denúncias: que uma das escolas particulares onde ocorreu o caso positivo não suspendeu as aulas e sobre inadequações trabalhistas e estruturais nas unidades da rede municipal.
“A direção de uma das escolas optou por não fechar a unidade pelo tempo determinado nos protocolos sanitários, contrariando, portanto, a legislação sanitária em vigor. Além disso, não houve aparente comunicação do caso aos órgãos competentes, ao público ou mesmo à própria comunidade escolar afetada”, diz a nota.
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Sobre essa situação é comunicado que, após receber as denúncias de casos positivos de Covid-19, o Sinpro direcionou as mesas aos órgãos de fiscalização, com destaque para o Conselho Municipal de Educação, Conselho Municipal de Saúde e a Vigilância Sanitária, a quem caberá garantir que as leis em vigor sejam respeitadas. O sindicato ainda fez contato com a direção da unidade escolar que não suspendeu as aulas e aguarda novos posicionamentos.
Além disso, o Sinpro informa que outras ações estão sendo estudadas pelo Departamento Jurídico e junto ao Ministério Público, de forma que sejam resguardados todos os protocolos preventivos e os direitos das pessoas envolvidas direta ou indiretamente nesse cenário preocupante: “Requeremos então, publicamente, que as escolas onde houver suspeita de contágio pelo novo coronavírus tenham a sensibilidade, a honradez e o compromisso com a saúde pública, com a Ciência e com a vida humana de seguir por inteiro os protocolos”.
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Quanto às denúncias de irregularidades no ensino municipal, o Sepe e o Sinpro informam que estão averiguando os casos informados: “Reiteramos a importância de que sejam mantidas as denúncias de todo e qualquer problema ou insegurança percebida nos ambientes de trabalho e no seu entorno, de forma que possamos seguir confrontando a irresponsabilidade daqueles que fecharam os olhos para o pior momento da pandemia em favor de um retorno sabidamente inseguro”.