A PMI dará a Macaé a chance de retirar da Cedae, alvo de inúmeras denúncias e reclamações, a concessão do serviço da captação do recurso hídrico.Foto: Divulgação.

Concessionária dos serviços de água e esgoto em Nova Iguaçu, a Águas do Rio irá instalar um novo coletor de esgoto no município que irá ajudar no programa de despoluição da Baía da Guanabra. De acordo com a empresa, além de Nova Iguaçu, outros municípios receberão o projeto, formando um cinturão de coletores, que em conjunto com a recuperação das Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) nos próximos cinco anos, serão responsáveis pelo fim do constante derrame de esgoto num dos cartões postais mais importantes do país.
A ação é baseada em outro projeto executado na Lagoa de Araruama. Os dois cases foram expostos no 1º Seminário Estadual de Saneamento e Meio Ambiente do Rio de Janeiro, promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), na sede da Firjan.
De acordo com o diretor de engenharia da Águas do Rio, Ricardo Bueno, em torno de 8 milhões de pessoas serão beneficiadas, e mais de 1,3 milhão de litros de esgoto/dia deixarão de ser lançados na Baía de Guanabara sem tratamento.

“A recuperação ambiental é um dos compromissos assumidos pela Águas do Rio na concessão de saneamento básico em 27 municípios do estado. E o maior desafio está em recuperar a Baía de Guanabara. É um projeto que pode gerar desconfiança, pois já foi promessa anterior de muitos atores, mas a expertise desenvolvida pelos profissionais da Aegea associada aos estudos feitos pela Águas do Rio fará com que o objetivo seja alcançado, beneficiando não apenas o ecossistema, mas gerando desenvolvimento econômico”, disse.

Estudo apresentado pelo Instituto Trata Brasil aponta que a universalização do saneamento nos 27 municípios que fazem parte da concessão da Águas do Rio, nos próximos 35 anos, vai gerar um ganho líquido para a população de R$ 37 bilhões.