Estação de tratamento de água do Guandu passou por obras que geram economia na produção de águaDivulgação

A Estação de Tratamento de Água (ETA) estabeleceu capacidade de distribuir mais 60 milhões de litros de água por dia para a Região Metropolitana do Estado do Rio. A melhoria vem da economia gerada pelas obras de modernização da unidade, com conclusão prevista para 2025, mas que já trouxeram mais eficiência à operação da estação.
Este volume corresponde a 1,6 % da produção diária da ETA, mas já seria suficiente para abastecer uma região do tamanho da Ilha do Governador. Além disso, a economia vai garantir maior oferta de água no próximo verão, período de maior consumo.
“O aumento da oferta de água foi obtido com o início das obras de modernização dos filtros da ETA, orçadas em R$ 58 milhões. As intervenções incluem a troca do leito filtrante, a instalação de calhas laterais e a substituição das válvulas dos filtros. Todas as válvulas dos 60 filtros já foram substituídas e, até o momento, oito filtros já ganharam calhas e leitos filtrantes novos”, explicou o diretor de Saneamento e Grande Operação da Cedae, Daniel Okumura.
A maior parte da economia veio com a troca das válvulas que controlam a saída de água. Com os novos equipamentos, mais eficientes, a Companhia evitou a perda de até 700 l/s de água durante o processo de tratamento, o equivalente a cerca de 60 milhões de litros por dia.
Outras mudanças também resultaram em aumento na eficiência do tratamento: para lavar um filtro, é preciso drená-lo e "injetar" água tratada no leito filtrante. Hoje, esse procedimento leva 10 minutos e consome 1.200 l/s de água tratada. Todo esse volume deixa de ser distribuído para a população.
A reforma incluiu a substituição do leito filtrante e a instalação de calhas laterais. O novo filtrante lava mais rápido, e a água resultante é escoada diretamente pelas calhas laterais, com maior velocidade, para a calha central. A mudança reduziu à metade o tempo da lavagem, gerando economia equivalente a 250 l/s de água tratada a cada operação.
“Só a troca das válvulas já garantiu uma economia de água equivalente ao abastecimento de uma região com a população da Ilha do Governador, por exemplo. Com a reforma dos filtros, a estação vai ficar mais eficiente: parte da água que era usada para limpeza vai poder ser distribuída para a população e os filtros serão lavados com uma frequência menor”, afirmou o engenheiro químico João Ângelo de Souza, chefe do Departamento de Qualidade da ETA Guandu.
As obras completas de modernização da estação estão orçadas em R$ 800 milhões, e incluem a reforma de outros equipamentos, como os decantadores e floculadores.