Exército confirma que menino de 4 anos morreu após cair em tanque de estação de tratamento de esgoto
Acidente aconteceu no dia 16 de junho; Enzo Gabriel Bezerra Sarnoski estava acompanhado da irmã quando se afogou
Imagens de satélite mostram Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) localizada nos limites da Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende - Reprodução/Google/Junho-2022
Imagens de satélite mostram Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) localizada nos limites da Academia Militar das Agulhas Negras, em ResendeReprodução/Google/Junho-2022
Em Resende, seguem as investigações sobre o acidente que causou a morte de um menino de 4 anos na quinta-feira passada (16). Segundo as primeiras informações, ele teria caído em um poço e se afogado. Porém, o Centro de Comunicação Social do Exército Brasileiro confirmou, na última terça-feira (21), que ele caiu no tanque da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), localizada nos limites da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). Na ocasião, diante de pedidos de socorro de familiares de uma criança, dois militares da Aman, que estavam próximos à região do acidente, mergulharam no local para tentar auxiliar no resgate. Em seguida, os Bombeiros conseguiram localizar o menino, mas sem vida.
A vítima foi identificada como Enzo Gabriel Bezerra Sarnoski. De acordo com testemunhas, o menino estava acompanhado da irmã, de aproximadamente 6 anos, que foi salva por vizinhos, antes da chegada dos bombeiros. Eles moravam próximo ao local da queda na Rua Luis de Camões, no bairro Alambari. A família do menino era da cidade de Vilhena, município do estado de Rondônia. Para auxiliar no tratamento do pequeno Enzo Gabriel, diagnosticado com TEA (Transtorno do Espectro Autista), a mãe e mais dois filhos se mudaram para Resende.
Ainda segundo o Exército, a ETE pertence à concessionária Águas das Agulhas Negras em área cedida por sistema de Concessão de Direito Real de Uso Resolúvel (CDRUR). A empresa de abastecimento confirmou que opera a Estação de Tratamento de Esgoto, que fica localizada dentro da Academia Militar das Agulhas Negras, portanto área de segurança militar. De acordo com a nota enviada ao jornal O Dia pela concessionária, as vítimas invadiram a referida área de segurança, ultrapassando a cerca instalada por aquela Unidade Militar. Destacou ainda que todo o controle de acesso compete à Unidade Militar. Já o Exército completou que a apuração do fato e das circunstâncias estão em curso pelas autoridades policiais competentes. A Polícia Civil disse que as investigações estão em andamento na 89ª DP (Resende) para apurar os fatos.
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