Rio - Uma mulher está presa desde a última terça-feira na Cidade da Polícia, no Jacaré, suspeita de ter raptado a grávida Rayanne Christini Costa, de 22 anos. A informação foi obtida nesta sexta-feira com exclusividade pelo DIA. Outras pessoas estão sendo investigadas e deverão ser presas a qualquer momento.
Thainá da Silva Pinto, 21, foi presa em casa, em Magé, na Região Metropolitana do Rio, mas não revelou o paradeiro da vítima. Com base em provas, a delegada Elen Souto representou junto ao Plantão Judiciário pela decretação da prisão da acusada pelo crime de sequestro, medida que foi aceita pela Justiça. Durante toda a manhã desta sexta, agentes da Polícia Civil fizeram buscas, na Baixada Fluminense e na Região Metropolitana, para encontrar Rayanne.
Nesta quinta-feira, familiares e amigos de Rayanne e da suspeita estiveram na sede da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), no Jacaré. Investigadores mostraram algumas imagens de câmeras de segurança da Central do Brasil em que vítima e acusada embarcaram em um trem da Central do Brasil. A mãe da vítima reconheceu a filha no vídeo. Procurada, a Polícia Civil não quis comentar essa versão e limitou-se a dizer que "as investigações estão em andamento" e que não passaria mais detalhes para "não atrapalhar na elucidação do caso".
Na gravação entregue para a Polícia Civil, Rayanne, que havia chegado ao local de trem, vindo de Padre Miguel, na Zona Oeste, não teria deixado a estação. Na imagem é possível observar que vítima espera pela suspeita. Elas conversam por alguns instantes, trocam de plataforma e embarcam em um trem que seguiria para Duque de Caxias. A suspeita estava de roupa listrada e camiseta branca.
Como O DIA tem mostrado desde sexta-feira, dia 13, a grávida foi vista pela última vez após sair da estação de trem da Central, depois de marcar para receber doações — de roupas e fraldas — para a filha prestes a nascer. À ocasião, Rayanne foi encontrar com uma mulher, a princípio identificada como Lídia, que conheceu em um grupo de doações na internet. Ela iria até Magé, na Baixada Fluminense, onde pegaria, na casa da suspeita, o enxoval.
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Em um grupo nas redes sociais, algumas pessoas disseram conhecer a suspeita, que foi presa em casa. "É muito triste ver como o ser humano está se entregando às coisas ruins do mundo. Estou triste em saber que a mulher (...) é minha vizinha", comentou uma mulher.
Uma outra pessoa disse: "A (nome da acusada) tem participação nesse caso. Ela foi presa ontem, e o Facebook (da acusada) tem muita foto dela simulando uma suposta gravidez. Fizeram exames e virão que ela não estar grávida. Tudo indica que ela estava enganando a família com essa história de gravidez e esperando o momento certo para atacar uma gravida e tomar o filho da mesma", comentou uma pessoa. A internauta segue na publicação: "A Rayanne não apareceu atá agora. A (acusada) foi depor voltou para casa, mas os policiais grampearam as conversas dela. Ela foi chamada novamente, e foi presa".
Agilidade nas investigações
Nesta quinta-feira, a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) informou que vai atuar no caso junto à Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) para cobrar mais agilidade a respeito do sumiço de Rayanne Christini Costa, de 22 anos, grávida de sete meses, que foi vista pela última vez na Central do Brasil. Ainda nesta semana, o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol) deverá encontrar com familiares de Rayanne.
Também nesta quinta, a Secretaria de Direitos Humanos (Seasdh), informou que, enviou um ofício a delegada Ellen Souto responsável pela DDPA, pedindo explicações sobre o andamento das investigações.
Como O DIA tem mostrado desde sexta-feira, a mulher foi vista pela última vez após sair da estação de trem da Central, depois de marcar para receber doações — de roupas e fraldas — para a filha prestes a nascer. À ocasião, Rayanne foi encontrar com uma mulher, a princípio identificada como Lídia, que conheceu em um grupo de doações na internet. Ela iria até Magé, na Baixada Fluminense, onde pegaria, na casa da suspeita, o enxoval.