Rio - A Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) informou, nesta quinta-feira, que vai atuar no caso junto à Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) para cobrar mais agilidade a respeito do sumiço de Rayanne Christini Costa, de 22 anos, grávida de sete meses, que foi vista pela última vez na Central do Brasil. Ainda nesta semana, o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol) deverá encontrar com familiares de Rayanne.
"A Comissão de Direitos Humanos vai atuar neste caso. Estou tomando conhecimento, com mais detalhas, e ainda hoje vou telefonar para a família dela. Vamos cobrar da Polícia Civil para que ela tenha mais empenho na investigação. A dignidade não pode depender da cor da pele, da religião, fama ou dinheiro que a pessoa tenha. Em uma investigação, jamais pode haver seletividade", afirmou o parlamentar.
Freixo conta que a Polícia Civil deveria "dar mais atenção neste caso" e que a Comissão de Direitos Humanos da Alerj, mesmo já estando de recesso, vai entrar no caso para ajudar a família no que for preciso.
Uma das linhas de investigação, da Polícia Civil, deverá ser o tráfico de crianças e de órgãos. De acordo com a Polícia Civil, nenhuma hipótese será descartada durante a apuração do caso. Nesta sexta-feira, por volta das 17h, amigos e familiares farão uma nova manifestação, desta vez em frente à Central do Brasil, onde a vítima sumiu, e na ocasião cobrarão mais empenho nas investigações.
Como O DIA tem mostrado desde sexta-feira, a mulher foi vista pela última vez após sair da estação de trem da Central, depois de marcar para receber doações — de roupas e fraldas — para a filha prestes a nascer. À ocasião, Rayanne foi encontrar com uma mulher, a princípio identificada como Lídia, que conheceu em um grupo de doações na internet. Ela iria até Magé, na Baixada Fluminense, onde pegaria, na casa da suspeita, o enxoval.
Após uma semana, a polícia não tem nenhum paradeiro que indica o local onde possa estar Rayanne. Freixo conta que "os investigadores deveriam dar mais atenção aos familiares os atendendo e informando, sem prejudicar a apuração". "Nós da Comissão e vários delegados e agentes da polícia, lutamos para a criação de uma delegacia para investigar o desaparecimento das pessoas. Graças a Deus conseguimos a criação da DDPA. Esse deve ser o objetivo dela, solucionar o caso o mais rápido possível", finaliza o psolista.