“Ele começou a dizer que não tinha nada perder, a gritar. Entrou em luta corporal com um agente e saiu correndo de dentro da delegacia. Atravessou o refeitório, onde havia policiais, e quebrou um vidro grande que dá acesso ao estacionamento. Lá, tentou tirar a arma de uma agente, que o baleou”, contou um policial, que presenciou a ação.
Em um vídeo obtido pelo DIA, o suspeito aparece ofegando no chão do estacionamento da Cidade da Polícia, baleado e algemado. Ele diz: “Prefiro morrer do que passar por covardia, senhor”. Um policial, então, responde: “Covardia foi o que você fez com a menina”. O tiro o acertou em um das pernas. Após o ferimento, ele foi conduzido para um hospital da região.
Nas imagens, ele ainda aparece com os curativos feitos após ter sido espancado por moradores, antes de ter sido preso.
O corpo da menina Thifany foi encontrado dentro de uma mala, no interior no conjunto de prédios Amarelinho, em Acari. A menina estava nua. Um exame irá determinar se houve abuso sexual e causa da morte.
Desde o início da sua detenção, ele negava o crime. Afirmava que havia dado uma carona para a criança até a entrada do conjunto de prédios.
A investigação do desaparecimento de Thifany teve início no domingo. O pai da criança, Jorge Almeida, que trabalha em um quiosque na região, deixou a filha em uma praça para brincar com a amiga. Quando retornou, ele não encontrou mais a menina. A manicure Claudinéia da Silva Vasconcelos, de 41 anos, lembrou ainda que a outra criança só não foi também com o homem porque ele não teria deixado.