Rio - O último suspeito de ter participado da execução que matou uma família inteira em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, se entregou 4ª Vara Criminal de São Gonçalo nesta quarta-feira. Gabriel Botrel de Araújo Miranda, de 19 anos, foi levado à 74ª DP (Alcântara), mas não prestou depoimento e deve falar somente em juízo. O crime aconteceu na madrugada do dia 17 de fevereiro.
De acordo com informações da Polícia Civil, o jovem alegou inocência. A Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) estava em contato com o advogado do suspeito, que teria garantido aos delegados que Gabriel se apresentaria. Por isso, nas últimas semanas a DHNSG não fez buscas para prendê-lo.
Segundo as investigações, o rapaz foi um dos dois contratados para matar Wagner da Silva Salgado, de 42 anos, a mulher dele, Soraya Gonçalves Resende, de 37 e a filha do casal, Geovanna, de 9 anos. A mandante do crime, de acordo com a DHNSG, é Simone Gonçalves de Resende, de 46 anos, irmã de Soraya. As execuções foram encomendadas por R$ 20 mil. Diego Moreira da Cunha, de 23 anos, preso no dia 24, admitiu em depoimento na DHNSG que Simone o contratou para matar Soraya e a família.
Os outros envolvidos são os gêmeros Matheus e Lucas Khalil, filhos de Simone, que estavam presos desde 23 de fevereiro. Matheus confessou ter acompanhado Diego e Gabriel Botrel de Araujo Miranda (ainda foragido) para matar sua tia e família. Confessou, também, ter baleado a prima de apenas 9 anos.
Lucas, por sua vez, vendeu um carro para financiar o crime. Os três ainda teriam negociado com Simone uma pensão vitalícia de R$ 3 mil pelo triplo assassinato, além dos R$ 20 mil prometidos a cada um dos assassinos.
Relembre o caso
O crime aconteceu em fevereiro e chocou a população de São Gonçalo. O advogado Wagner, a mulher dele, Soraya e a filha do casal, Geovanna, que completaria 10 anos em abril, foram executados a tiros enquanto dormiam dentro de casa, no bairro Barro Vermelho.
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Segundo o delegado Fabio Barucke, titular da DHNSG, há indícios de que o crime teria sido motivado por uma briga pela herança da família. Soraya era filha adotiva de Yone Rezende e há 16 anos brigava na Justiça com a irmã, Simone, por uma quantia avaliada em R$ 7 milhões.