Rio - O estoque de vacinas contra a febre amarela só dura até hoje nas unidades municipais de saúde do Rio. O secretário municipal, Carlos Eduardo, está hoje em Brasília para um encontro com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a fim de garantir o envio de mais doses para o Rio.
Desde o início deste ano, o Ministério da Saúde tem enviado doses extras da vacina contra a febre amarela aos estados que estão registrando casos suspeitos da doença e os estados limítrofes a estes. Como o Rio não está entre as áreas de risco, não é prioridade no envio das doses.
De janeiro a março, o estado já recebeu 3,3 milhões de doses da vacina. A última remessa, de 1,25 milhão, foi enviada ao estado entre os dias 20 e 23 de março pelo Ministério da Saúde, que aguarda sinalização do governo para novo envio.
O ministério ressalta que nos próximos dias vai discutir o envio de remessas adicionais com os secretários de Saúde dos estados com recomendação temporária de vacinação, o que inclui o Rio de Janeiro.
Procurada, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) não informou quando será feito novo pedido ao Ministério da Saúde e também não esclareceu se há estoque para abastecer as unidades do município do Rio. Disse apenas que repassa as doses de vacinas de acordo com a capacidade de armazenamento de cada município e conforme o número de seus habitantes.
Até agora foram notificados seis casos de febre amarela no Estado do Rio, sendo um óbito. A Região Metropolitana de Vitória teve ontem a primeira morte por febre amarela. No Espírito Santo, 37 pessoas morreram com a doença. Em Minas, foram cerca de 400 casos confirmados de pessoas infectadas, sendo que 120 morreram.
Maior fabricante de vacinas do país, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) já opera com sua capacidade máxima e produz cerca de 9 milhões de doses por mês, senda a média mensal de 4 milhões.