Rio - Agentes da Polícia Federal fizeram, na tarde desta quarta-feira, a primeira vistoria no apartamento de Adriana Ancelmo, esposa do ex-governador Sérgio Cabral. Ela está presa em regime domiciliar desde a semana passada.
Segundoo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro,houve um mal entendido entre a Polícia Federal e a ex-primeria dama, que impediu a entrada dos agentes no imóvel. Bretas explicou que havia sido deixada uma lista de agentes que poderiam vistoriar a residência, mas chegaram ao local policiais que não estavam na relação. Logo após os esclarecimentos, a vistoria foi feita.
Na decisão sobre a mudança no regime prisional, Bretas autorizou a Polícia Federal a realizar inspeções no imóvel, sem prévia comunicação, entre 6h e 18h. Adriana conseguiu na Justiça o direito de ir para prisão domiciliar, mas com a condição de que não teria acesso à Internet ou telefone.
Adriana estava presa no Complexo de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste, desde dezembro de 2016, quando foi decretada sua prisão preventiva. Casada com o ex-governador Sergio Cabral, Adriana foi acusada de acusada de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu, no último dia 24, liminar autorizando a transferência da ex-primeira-dama para o regime domiciliar. No último dia 29, ela deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste, e foi levada para o seu apartamento no Leblon, Zona Sul.
Após a publicação da decisão, moradores do local afixaram cartazes em protesto na Praia do Leblon e na Avenida Delfim Moreira, esquina com a Rua Aristides Espínola, onde mora a família Cabral — um dos endereços mais caros do Rio de Janeiro. Frases como ‘Devolvam nosso dinheiro’ e ‘Vergonha - Aqui mora a organização criminosa Família Cabral’ eram expostas nos cartazes. Houve também panelaço em frente ao prédio.