Por thiago.antunes

Rio - Jornalistas de diversos tipos de mídias participarão nesta quarta-feira, em Volta Redonda, do Seminário da Mídia Regional, intitulado “Pluralismo na Imprensa e Direitos Humanos”. O debate, com a participação de estudantes e outros profissionais da área de comunicação, será realizado no campus da Universidade Federal Fluminense (UFF), no bairro Aterrado, à partir de 19h.

O evento é uma realização do Centro Acadêmico D. Waldyr Calheiros (CaDom\ UFF-Direito); Movimento Ética na Políca (MEP-VR) e o Ministério Público Federal (MPF)F em Movimento.

José Maria da Silva, integrante do MEP-VR, espera que o encontro “seja um marco, no que diz respeito à mídia de um modo em geral, associada aos direitos humanos”. “Certamente será uma experiência rica para a região. A expectativa é que possamos fazer outros seminários posteriormente”, afirma.

Entre os profissionais que vão compor a mesa estarão Álvaro Britto, professor e coordenador do curso de Jornalismo do Centro Universitário de Barra Mansa (UBM); Aurélio Paiva, diretor-presidente do jornal Diário do Vale; Francisco Edson Alves, subeditor e repórter de Cidade e Polícia dos jornais O DIA e Meia Hora; Fernando Pedrosa, diretor do Foco Regional; Denise Azevedo; âncora da Rádio Sintonia do Vale, e Leonardo Gonçalves, líder comunitário.

Os integrantes da mesa vão dialogar com os participantes do seminário, que deverá durar em torno de duas horas. Álvaro Britto, classifica a iniciativa de corajosa. “Nesses tempos de acirramento da intolerância, é sem dúvida um ato de coragem a defesa dos direitos humanos. As diversas vozes do povo pouco têm espaço nos meios de comunicação. Uma das consequências mais graves disso é o recorrente desrespeito aos direitos humanos e à democracia”, afirmou. Membros da Associação dos Jornalistas do Sul Fluminense (Ajorsul) também foram convidados. A entrada é franca.

Rádio teve que abrir espaço para minorias em Barra do Piraí

Obedecendo a um acordo inédito firmado com o Ministério Público Federal de Volta Redonda, o radialista Willians Renato Santos, conhecido como Gato Preto, da Rádio Difusora Barra do Piraí AM, no Sul do estado, deixou de usar jargões como “veadagem”, “marica”, “manja rola”, entre outras expressões discriminatórias e considerados homofóbicas, em seu programa diário, de três horas de duração, de nome ´Repórter Policial Gato Preto´. 

Rádio teve que abrir espaço para minorias em Barra do PiraíDivulgação

A partir do dia 27 de março, depois de uma visita do procurador da República de Volta Redonda, Júlio Araújo Júnior, à rádio, Willian passou a ceder espaços para entrevistas e conversas com representantes do movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), negros, detentos, além de outros grupos existentes em defesa das minorias.

Desde então, diariamente, o radialista torna disponível meia hora de entrevistas, e eleva ao ar spots com mensagens em prol da diversidade, totalizando 60 minutos diários, com questões relacionadas aos direitos humanos. Atualmente, com aprovação do próprio radialista, a programação é feita com base na pluralidade.

O procurador esclareceu que a liberdade de expressão não autoriza o discurso de ódio e que há um papel especial de emissoras de radiodifusão na defesa da pluralidade, tendo em vista o caráter público da concessão. "Em vez de buscar a cassação da atividade da rádio ou indenizações milionárias que inviabilizassem suas atividades, o MPF buscou plantar novas sementes e a garantia efetiva da pluralidade no mesmo espaço", ressalta Júlio Araújo Júnior.

Willians Renato, por sua vez, afirmou que as entrevistas vêm sendo bem recebidas pela população e manifestou seu interesse em dar continuidade ao novo estilo do programa. "Estamos sempre aprendendo e esta é uma oportunidade de 

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