Rio - O major Edson Raimundo dos Santos e o soldado Newland de Oliveira foram condenados, nesta quinta-feira, pela Justiça Militar, a quatro anos de prisão cada um por corromperem duas testemunhas no caso do sumiço do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza. Outros dois acusados, o tenente Luiz Felipe de Medeiros e o soldado Bruno Medeiros Athanazio, foram absolvidos.
O caso ganhou notoriedade em 2013. Amarildo, morador da Rocinha, desapareceu em julho daquele ano, após ser conduzido para averiguação por PMS da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade da Zona Sul.
Amarildo não foi mais localizado e a polícia concluiu que o pedreiro morreu, mesmo sem o aparecimento de seu corpo. O major já havia sido condenado pelos crimes de tortura seguida de morte, ocultação de cadáver e fraude processual, com uma pena total de 13 anos e 7 meses de prisão.
Para o Ministério Público, os policiais (exceto Medeiros) teriam dado dinheiro a duas testemunhas para que afirmassem à Polícia Civil que os traficantes da Rocinha que haviam matado Amarildo. As testemunhas do caso, mãe e filho, estão desaparecidos desde 2014 e não foram interrogados pela Justiça.
Com informações da Agência Estado